Um dos fatores de risco para aumentar as chances de desenvolvimento do câncer de mama é ter a mutação dos genes BRCA1 e BRCA2. Muitas mulheres, como a atriz Angelina Jolie, optam por fazer uma mastectomia para evitar que o tumor apareça no futuro.
Cientistas da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, descobriram mais quatro genes que estão associados com o surgimento do câncer: MAP3K1, LZTR1, SAMHD1 e CDKN2A.
O estudo foi publicado na revista Nature Genetics na quinta-feira (17/8). O levantamento analisou 26.368 casos de mulheres com câncer de mama e 217.673 de um grupo de controle.
Leia mais:Os genes são como instruções que o corpo lê para produzir proteínas essenciais. Os cientistas procuraram por pequenos erros de leitura em uma única letra desses genes que poderiam afetar a produção ou funcionamento das proteínas envolvidas na prevenção do tumor na mama.
Um deles, o MAP3K1, por exemplo, quando apresenta um erro específico, está associado a um aumento de cinco vezes no risco de câncer de mama, embora a mutação seja rara.
Até agora, o estudo identificou quatro genes, mas sugere que até 90 podem estar relacionados ao câncer de mama. No entanto, são necessárias mais pesquisas para confirmar a relevância das mutações.
A descoberta pode ajudar a identificar mulheres em risco mesmo sem histórico familiar de câncer de mama. Isso permitirá um monitoramento mais frequente e testes genéticos mais precisos no futuro.
“Os exames de sangue atualmente oferecidos a mulheres com histórico familiar de câncer de mama no serviço de saúde para entender seu risco genético são vitais e, no futuro, pode ser possível fornecê-los a todas as mulheres”, afirma o líder da pesquisa Doug Easton, em entrevista ao site Daily Mail.
(Metrópoles)