O transporte público de Marabá é reconhecido pela comunidade como um verdadeiro caos, desorganizado e com uma série de problemas estruturais. Essa dificuldade acaba sendo ainda maior para quem possui alguma deficiência e, agora, não começa no veículo em si ou nas paradas, mas já na burocracia para a emissão do passe livre, um direto conquistado por este grupo de pessoas.
Delano Sampaio da Costa, de 52 anos, residente da Folha 33, por exemplo, sofre com a diabetes e a pancreatite, além de tratar duas doenças psiquiátricas, a esquizofrenia e bipolaridade.
Ele já era usuário do serviço quando deu entrada, junto à Secretaria de Saúde do Estado do Pará (Sespa), na renovação em 2019. Naquele momento, recebeu a notícia de que o processo nunca tinha “ido para frente”. Mesmo mostrando todos os documentos exigidos, Delano não conseguiu ser atendido desde então.
Leia mais:Nesta quarta (21) procurou a equipe do Correio de Carajás em busca de ajuda, pois está sendo prejudicado pela situação. Informou procurar o órgão frequentemente em busca de informações sobre o processo, mas as atendentes não são claras, não explicam as dúvidas e ainda o tratam com muita grosseria, diz.
Nesta semana, solicitou ser atendido por alguém de cargo maior, o que foi recusado.
A partir disso, a reportagem procurou a Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos do Estado do Pará. Em nota, a Arcon-Pa informou que o beneficiário deve entrar em contato com a Coordenação Estadual de Saúde da Pessoa com Deficiência da SESPA, pelo número: 4006-4262. Acrescentou que a carteira de gratuidade dele já foi confeccionada e deve ser encaminhada pela SESPA para a Unidade de Referência Especializada do município do usuário, no caso, Marabá. (Henrique Garcia)