Prova de que o poder moderador anda preocupado com as medidas adotadas por órgãos e repartições públicas no combate ao novo coronavírus (Covid-19) em Marabá, é mais uma recomendação do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) a esse respeito. Esta, por sinal, é a quinta advertência (sobre a doença) feita pela instituição últimos dias.
Na tarde desta sexta-feira (20), a promotora Lílian Viana Freire, titular da 13ª Promotoria de Justiça e no exercício da Infância e Juventude, propôs ao Centro de Internação do Adolescente Masculino (Ciam Marabá) a adoção de medidas básicas de saúde e higiene preventivas à propagação do vírus.
Entre as medidas preventivas, estão a destinação de espaços para isolamento de novos internos, tanto para adolescentes que apresentem sintomas de infecção da doença, quanto para os casos já confirmados.
Leia mais:A recomendação pontua, ainda, que a unidade deve receber os novos internos de forma isolada, realizando-se triagem inicial com a equipe de enfermagem. Estes profissionais, por seu turno, devem estar de plantão 24 horas para analisar e acompanhar o estado de saúde dos internos, com especial atenção aos sintomas da Covid-19.
Priorizar a reavaliação dos socioeducandos que apresentem doenças respiratórias, além de restringir o acesso de visitantes externos (doadores, voluntários e outros) e a visitação de familiares dos socioeducandos e público em geral, ressalvando apenas as situações emergenciais, também são sugestões oferecidas pelo órgão ministerial à direção da unidade.
Os familiares e responsáveis devem ser diariamente informados por meio de telefonemas e outros meios possíveis de comunicação quanto às condições de saúde e condições gerais dos adolescentes. E, sempre que possível, colocar os responsáveis em contato telefônico com eles.
Em relação aos funcionários, o centro de internação deve tomar todas as medidas previstas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e informar imediatamente a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) sobre casos de socioeducandos e funcionários que apresentarem sintomas da doença, assim como a Vara da Infância e Juventude de Marabá e a Promotoria de Justiça da Infância e Juventude.
Medidas preventivas de higiene também constam na recomendação, entre elas o aumento da frequência de limpeza de todos os espaços de circulação, com atenção especial para a higienização de estruturas metálicas e algemas.
A administração do centro também deve fornecer equipamentos de proteção individual (EPIs) para os agentes públicos lotados no espaço.
A unidade também deve providenciar o fornecimento ininterrupto de água para as pessoas privadas de liberdade e agentes públicos, além de adotar providências para evitar o transporte compartilhado dessas pessoas.
O centro deve elaborar, ainda, um planejamento preventivo para as hipóteses de agentes públicos com suspeita ou confirmação de diagnóstico de Covid-19, de modo a promover o seu afastamento e substituição, considerando-se a possibilidade de revisão de escalas e adoção de regime de plantão especial, com atenção aos servidores idosos. (Com informações da Ascom/MPPA)