“Sextou” com “S” de Socorro para muitos marabaenses. A forte chuva que atingiu o município ao longo da manhã desta sexta-feira (3), causou diversos pontos de alagamento por toda a cidade. Várias imagens foram compartilhadas nas redes sociais e registravam as dificuldades dos moradores, pedestres e motoristas.
A equipe de reportagem do Portal Correio de Carajás esteve em alguns pontos do Núcleo Nova Marabá. Ao longo da Rodovia Transamazônica, e na marginal, pontos de alagamento foram registrados. Próximo a um supermercado, a cena era de muita água e carros passando com muito temor.
Na marginal da rodovia, na Folha 33, próximo ao Grupo Correio de Comunicação, a imagem era a mesma, água empoçada na via e entrando em estabelecimentos comerciais.
Na Folha 14, a situação era lamentável. Moradores, assim que avistaram o carro da reportagem, pediram socorro.
Moradora do bairro desde criança, Gleiciane Dias, 29 anos, explica que toda vez que chove forte eles ficam nessa situação. “A água que vem da Vila Militar escorre e vem toda pra cá. A prefeitura veio aqui semana passada, mexeu na rua e deixou esses entulhos aqui. Piorou a situação. Fica muito difícil, estamos dentro da lama”.
A mãe de Gleiciane, Maria Gorete, 55 anos, é uma das mais afetadas com a água das chuvas. A reportagem foi até a casa da morada para conferir de perto a situação.
Com um rodo, tentando escoar a água, a senhora se entristece ao lembrar de tudo o que já passou e o que perdeu com esses alagamentos. “Eu já perdi tudo. Não tem como ter nada. A água chega e entra com tudo. Como vem água forte e rápido, ela atinge a janela. Fora o fedor de esgoto. A gente não aguenta nem ficar dentro de casa”, entristece-se.
Procurada, a Prefeitura de Marabá, por meio da Secretaria de Viação e Obras Públicas, explicou que essa área da Folha 14 é fruto de invasão, e que infelizmente foi ocupada de forma desordenada, até mesmo por uma questão social. “A gente tenta escoar. Quando o rio sobe, fica tudo alagado. No ano passado, inclusive, foram construídos abrigos na Folha 25, do outro lado da pista, para ajudar os moradores”, explica Fábio Moreira, secretário de Obras.
Leia mais:Moreira afirma que é feita, regularmente, limpezas nas grotas, as valas são abertas para escoar a água, mas é uma área alagadiça. “As casas foram construídas em cima de palafitas, porque eles sabem que aquela região alaga. Não tem outro lugar pra ir, a gente tenta reprimir o máximo. Algumas famílias já foram até desmobilizadas porque empatavam até a água escoar”, diz ele.
Uma equipe da Sevop foi até o local, e a reportagem flagrou uma escavadeira fazendo o trabalho para que a água pudesse escoar por outro caminho. (Ana Mangas)