Correio de Carajás

“Chip da beleza”: Implante hormonal atrai pelos fins estéticos, mas especialista faz alerta

O chip da beleza está despertando cada vez mais a atenção das mulheres pelos fins estéticos que proporciona, embora essa não seja a finalidade do implante hormonal tampouco trate-se de uma fórmula mágica para emagrecer.

O equipamento proporciona reposição hormonal do gestrinona, um hormônio sintético feminino. A ginecologista e obstetra Flávia Alves, que atua em Parauapebas, alerta para o uso correto do procedimento. “Ele tem indicação em algumas doenças relacionadas ao útero, como endometriose, mioma, TPM, dor mamaria, fluxo menstrual intenso, então além dele servir como anticoncepcional, ele trata algumas dessas doenças”, descreve a especialista.

A médica explica que o “chip” é um tubinho fino de silicone e de colocação simples, com anestesia local e uma micro incisão na região da nádega. O “chip da beleza”, como ficou conhecido, “tem alguns efeitos benéficos relacionado a estética, no ganho de massa muscular e na perda da gordura localizada, para quem tem hábito de fazer atividade física regular”, explica Flávia.

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Médica explica que cada paciente deve ser avaliada individualmente

Sobre as indicações de quem deve usar, a médica explica que depende da queixa da paciente, do que ela está sentindo e o que ela está procurando melhorar. “Se é uma paciente que veio porque está com a diminuição do desejo sexual, se tem muita TPM, se tem um fluxo menstrual intenso e não tiver contraindicação, não tiver amamentando, não tiver história de câncer de mama”. Para mulheres na fase da menopausa, o chip serve como reposição hormonal.

A indicação tem que ser feita por um médico, geralmente ginecologista obstetra. “Alguns endocrinologistas fazem a aplicação, é um procedimento médico feito no consultório, tem um protocolo que a gente precisa seguir”, diz a médica.

Ela alerta, para quem procura o procedimento pensando em emagrecer, que não existe mágica não e há alguns efeitos colaterais. “Algumas pacientes sofrem com algum desses efeitos, não é para a finalidade de estética. É para alguns tratamentos e em pacientes que fazem atividade física regular e uma boa alimentação, acaba tendo uma boa resposta, mas a indicação é clínica”, orienta a especialista.

Dentre os efeitos colaterais que p uso da reposição hormonal pode apresentar estão queda de cabelo, retenção líquida, pequeno aumento de pelos e quem tem pele oleosa pode ter intensificado o problema.

O uso do método por artistas despertou o interesse das pacientes, que têm lotado os consultórios para saber mais sobre o hormônio. Mas, como destaca a ginecologista, cada paciente é avaliada individualmente e é indicada maior ou menor quantidade dos hormônios, assim como associando outros hormônios, como a testosterona. O chip é trocado anualmente.

Seguindo as normativas do Conselho Federal de Medicina (CFM), que proíbe a divulgação dos valores dos procedimentos para não caracterizar propaganda ou publicidade, a médica não revela o valor do procedimento realizado por ela. Na internet, o depoimento de várias mulheres que usam o “chip da beleza” é de terem pagado uma média de R$ 3 mil a R$ 5mil, o que varia conforme cada caso.    

EFEITOS

-Contracepção

-Interrupção da menstruação

– Aumento da libido

– Tratamento da endometriose

-Tratamento da menopausa

– Aumento de massa muscular

POSSÍVEIS EFEITOS ADVERSOS

– Aumento de oleosidade

– Acne

– Aumento de pelos

– Queda de cabelo

(Theíza Cristhine)