Correio de Carajás

China anuncia envio de tropas para a Rússia

Pequim afirma que militares participarão de exercício conjunto, mas não esclarece se participarão da guerra na Ucrânia.

Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Chiina, Xi Jinping, em encontro bilateral em fevereiro de 2022, dias antes da invasão russa à Ucrânia. — Foto: Alexei Druzhinin/Sputnik/Pool via AP

Em meio a fortes tensões com os Estados Unidos, a China anunciou nesta quarta-feira (17) que enviará tropas para a Rússia. Segundo Pequim, os militares participarão em um exercício conjunto no país.

O anúncio foi feito pelo Ministério da Defesa chinês. De acordo com a pasta, tropas da Índia, Belarus e Tajiquistão também participarão dos exercícios, que ocorrerão em território russo ainda sem data confirmada.

A participação da China nos exercícios conjuntos “não tem relação com a atual situação internacional e regional”, afirmou o ministério em comunicado.

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Os exercícios fazem parte de um acordo de cooperação anual bilateral, acrescentou a pasta. Exercícios conjuntos semelhantes liderados pela Rússia envolvendo a China já foram realizados em outros anos.

“O objetivo é aprofundar a cooperação prática e amigável com os exércitos dos países participantes, aumentar o nível de colaboração estratégica entre as partes e fortalecer a capacidade de responder a várias ameaças à segurança”, disse o comunicado.

 

China na guerra da Ucrânia

 

Desde o início da guerra na Ucrânia, a China tem mostrado apoio, ainda que contido, à Rússia, grande aliado do país asiático na atual geopolítica mundial.

Tensões com os EUA

O anúncio acontece em meio a um dos momentos mais tensos entre os Estados Unidos e a China nos últimos anos.

As tensões começaram a se acirrar em junho, se acirraram no início deste mês, quando a presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, fez uma visita à Taiwan, que o governo chinês reivindica como parte de seu território – já o governo local, historicamente de oposição ao Partido Comunista chinês, que governa o país, quer a independência.

Pequim, portanto, considerou a visita como uma provocação dos EUA, que mantêm uma política de ambiguidade em relação à ilha – Washington não reconhece Taiwan como independente mas, ao mesmo tempo, mantêm relações com o governo local.

Desde então, aviões e navios militares chineses têm feito exercícios militares constantes ao redor de Taiwan e com inúmeras invasões ao espaço aéreo da ilha.

(Fonte:G1)