Correio de Carajás

Charme e elegância na prova de 3 tambores

Depois de alguns anos fora do Circuito Paraense Três Tambores, Marabá volta a entrar no calendário paraense da competição. O evento ocorreu no último final de semana. O Haras União recebeu mais de uma centena de competidores.

A iniciativa para trazer o circuito para Marabá foi de Danilo Barbosa de Castro, vice-presidente da ATBPA (Associação de Tambor e Baliza do Estado do Pará). Danilo montou uma grande estrutura para receber centenas de cavalheiros e amazonas de todas as partes do Pará e até de estados vizinhos.

Danilo se empolgou com qualidade dos competidores e a recepção do público, enaltecendo que nada menos que 16 competidores fizeram um tempo abaixo dos 18 segundos. Explicou, também, que a partir desta prova, o Haras União estará de portas abertas para receber todos os anos o circuito.

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Um dos destaques foi o garoto Gustavo Rocha de Castro. O marabaense foi campeão da categoria Jovem A, com crianças de 9 a 12 anos. O anfitrião agora sonha em conquistar outros circuitos, o próximo será realizado no início do mês de julho em Parauapebas.

Devido os espaços de rodeios e festas de peões serem historicamente relacionadas ao universo masculino, na prova dos Três Tambores as mulheres ganham uma relevância especial por ser a única atividade que podem participar nesses ambientes. Vestidas à caráter, as amazonas levaram algo mais ao público.

A competição equestre concilia habilidade, precisão e velocidade. A prova de três tambores se consolida não só como esporte, mas como uma paixão, que caminha em busca de espaço e valorização dentro do Estado.

Como funciona – Para realizar a prova com perfeição é preciso contornar três tambores colocados no espaço da arena no tempo mais curto que o competidor conseguir. Os três tambores ficam a uma distância de, aproximadamente, 30 metros entre um e outro e são organizados no chão em formato triangular. O percurso deve ser medido e verificado por um juiz de prova.

Assim que o focinho de um cavalo cruza a linha de partida, um dispositivo eletrônico inicia a contagem do tempo.

Os competidores partem em direção ao primeiro tambor. Eles devem o contornar com um giro de 360° da esquerda para a direita. O segundo e o terceiro tambores devem ser contornados também em uma volta de 360°, só que da direita para a esquerda. Só depois dessa fase, os participantes devem ir até a linha de chegada. Se a amazonas ou o cavaleiro desejar, o percurso também pode ser feito partindo da esquerda, e terminando as outras duas voltas pela direita.

O competidor também pode escolher por qual tambor começar, porém o da ponta do triângulo deverá ser sempre o último para dar a volta, pois a partida para a linha de chegada deve ser dele. (Márcio Aquino)