Correio de Carajás

CFM pede proibição de preenchimento com PMMA à Anvisa

A decisão foi tomada pelo conselho após impasses no ano passado.

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O presidente do Conselho Federal de Medicina, José Hiran da Silva Gallo, se reúne na tarde desta terça-feira (21) com a diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pedindo a proibição da distribuição e comercialização de produtos à base de polimetilmetacrilato, conhecido como PMMA, em procedimentos de saúde em geral ou estéticos no país.

A decisão foi tomada pelo conselho após impasses no ano passado. Em julho de 2024, o CFM ainda não tinha posição definitiva com relação à substância. Até aquele período, o conselho dizia que apenas os médicos possuem a formação e capacitação para o uso dessas substâncias, para fazer o preparo e para agir na reversão de eventuais efeitos adversos.

O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) já havia pedido à Anvisa que determinasse o banimento da substância. Pedido esse que foi criticado pelo CFM há época. Na avaliação do conselho, o Cremesp, por ser um órgão regional, não tinha competência para acionar a agência de abrangência nacional.

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O Cremesp havia acionado a Anvisa na mesma semana em que uma influenciadora digital morreu após complicações decorrentes da aplicação de PMMA nos glúteos.

Em julho, a Anvisa afirmou que estava “analisando todas as evidências e informações apresentadas, reiterando o compromisso com a missão de garantir a segurança, eficácia e qualidade dos produtos utilizados na área da saúde, visando a proteção do paciente consumidor”.

Depois de reuniões, audiências e deliberações ao longo do segundo semestre, o Conselho entendeu que a substância é nociva e deve ser banida.

(Fonte:G1)