Uma tarde de grande relevância para Marabá. Nesta terça-feira (17) o município ganhou um espaço de preservação ambiental, mas também para apreciação de estudantes, famílias e de estudo para pesquisadores.
O Parque Ambiental João Anselmo, localizado na estrada entre Morada Nova e Murumuru, recebeu centenas de pessoas para sua inauguração e entrega à comunidade. Participaram da solenidade o prefeito Tião Miranda, a presidente da Fundação Casa da Cultura de Marabá, Vanda Américo; a juíza Renata Guerreiro Milhomem; as promotoras de Justiça Josélia Leontina de Barros Lopes e Alexssandra Muniz Mardegan; vereadores, famílias de Murumuru e Morada Nova, professores universitários e dezenas de estudantes.
O prefeito Tião Miranda contou a história de aquisição da área do parque e como foram necessários esforços de vários órgãos e pessoas para que ele fosse comprado pelo município e o transformasse em um espaço de educação ambiental e apreciação da natureza. “Agradeço às promotoras por nos ajudar a dar celeridade nos processos e com outras contribuições. A Vanda Américo gastou muita energia e tempo nesse projeto, que no final deu muito certo”, elogiou.
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Ouvida pela Reportagem do CORREIO, a promotora Josélia Leontina disse que o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), por meio das Promotorias de Justiça Agrária e Ambiental, orgulha-se de ter atuado lado a lado com a Fundação Casa da Cultura de Marabá (FCCM) e a Prefeitura de Marabá, sob a gestão do Prefeito Tião Miranda, na realização do Parque Ambiental João Anselmo, “uma referência em preservação ambiental, pesquisa científica e lazer sustentável na região”.
Segundo ela, o MPPA fez acompanhamento contínuo na articulação interinstitucional para viabilização do projeto; atuou na destinação de madeiras apreendidas, utilizadas na construção das estruturas sustentáveis do parque; fomento à preservação ambiental e proteção da biodiversidade local; promoção de políticas públicas voltadas à educação ambiental e ao turismo sustentável.
Durante a inauguração, as promotoras de Justiça foram homenageadas com uma Placa de Agradecimento, destacando a relevância do apoio jurídico e institucional prestado pelo MPPA ao longo de todo o processo. “A concretização deste parque é prova de que a união de esforços entre instituições públicas e a sociedade civil é o caminho para um futuro mais sustentável e justo. Seguiremos juntos pela preservação e desenvolvimento socioambiental”, salienta a promotora Alexssandra Mardegan.
A presidente Vanda Américo considera que este é o primeiro parque da cidade. “É um espaço democrático, um espaço organizado, um espaço para todos, um espaço que vai contemplar a comunidade do entorno, Murumuru, Morada Nova e toda Marabá, isso é muito bacana. Qualquer gestor fica tremendamente honrado em entregar um espaço desses, de convivência, pesquisa, cultura, esporte, turismo e isso é maravilhoso, eu fico honradíssima em fazer parte desse projeto, de ter trabalhado e feito isso acontecer, ser uma das responsáveis por isso ter acontecido. Estamos encerrando a nossa passagem, o nosso mandato pela Fundação Casa da Cultura, entregando esse espaço maravilhoso. Eu espero que no futuro ele seja bem cuidado, direcionado, organizado e que os espaços sejam usados pelos nossos jovens, alunos, pesquisadores, que não haja discriminação de formação, mas que qualquer cidadão tenha acesso a ele”.
O biólogo Manoel Ananis, que pesquisou a fauna e flora do parque nos últimos dois anos, considera que este é um trabalho de muitas pessoas que colocaram suas mãos para contribuir. “O que fizemos foi o levantamento de fauna e de flora aqui do parque. Isso foi um ano de trabalho e resultou em uma identificação de 90 espécies de animais só aqui dentro do parque, 62 de aves, 20 de mamíferos e 11 de lagartos. Com novas ocorrências, como o sabiá de óculos, que é uma espécie nova, ainda não há registro dele no município, o primeiro foi aqui, na área de várzea. A flora, são 2 mil árvores catalogadas e 132 espécies, com a previsão de aumentar para cerca de 200 espécies porque tem algumas que ainda estão em levantamento para identificação final”, observa.
Emily Gabriele dos Santos Moreira, estudante do 2º ano do Ensino Médio da Escola Plínio Pinheiro mostrou-se radiante com tudo que viu no parque: “Quem nos trouxe foram as professoras Alcinara e Eliana (Educação Ambiental). Nós temos um projeto de Educação Ambiental, de conhecer vários projetos e esse é mais um entre os do nosso projeto e conhecer o parque, fazer as trilhas, está sendo uma experiência incrível para nós. Nessa trilha nós vimos um riozinho, foi muito interessante, tinha alguns peixinhos lá. Aqui há muitas árvores, com diversos nomes que eu não conhecia, gostei muito da andiroba e as árvores são muito grandes, nós gostamos muito e tiramos várias fotos”.
Aluna da Escola Pedro Peres Fontenele, em Morada Nova, Eloá Kimberly Silva Rodrigues, de 12 anos, foi outra visita que se mostrou impressionada com o que viu na metade da tarde de terça-feira. “Eu amei vir aqui visitar, é um lugar incrível, onde a gente pode se divertir bastante. Achei muito boa a trilha, tem coisa bonita para todo lado. Vim com os colegas da escola, mas desejo trazer minha família para conhecer esse parque, porque minha mãe é igual a mim, gosta de lugares abertos, em meio à natureza.”.