Correio de Carajás

Celular ligado à tomada causa morte no São Félix

A vítima lavava roupas e o aparelho estava carregando, quando tocou e ela foi atender. Família acredita que oscilação de energia pode ter contribuído.

A dona de casa Ligiane Moreira, de 31 anos, morreu vítima de uma descarga elétrica, quando atendeu ao celular, que estava ligado à tomada. A vítima estava lavando roupa quando tudo ocorreu. O caso aconteceu na quinta-feira na área de chacreamento do São Félix. O corpo dela foi sepultado ontem (13).

Clima no velório era de incredulidade entre amigos e familiares de Ligiane

Durante o velório, os familiares estavam sem acreditar no que aconteceu. Ligiane era pessoa benquista e muito conhecida na região; era considerada o braço direito de sua mãe, dona Lindalva Barros Moreira. “Tudo era ela que resolvia pra mim”, resumiu.

Aliás, Lindalva reclamou que a energia da região onde a filha morava apresenta problemas de oscilação na rede elétrica e isso pode ter contribuído para que ela sofresse um choque elétrico muito forte. Mas o fato de estar levando roupa também pode ter sido decisivo para a tragédia. “Minha filha estava com as mãos molhadas”, observa, aos prantos.

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Lindalva, com um dos netinhos no colo, estava desolada com a perda da filha

Equatorial orienta

Em nota, a Equatorial Energia Pará alertou para o perigo da prática de utilizar celulares conectados a tomadas. “Quando um aparelho está ligado na tomada, a bateria aumenta a temperatura automaticamente e ao manuseá-lo, a tendência é superaquecer ainda mais, o que pode levar à explosão. Caso aconteça uma descarga da rede elétrica, o usuário correrá sérios riscos de levar um choque. O risco é ainda maior em dias de chuva devido a possíveis descargas elétricas intensas”, diz a nota.

“Também não se pode deixar o celular carregando sobre superfícies em contato com a água, como banheiros e cozinhas, e propícios a incêndios, como as camas, banco do carro, perto de cortinas, objetos de madeira ou outros que propaguem fogo. Escolha superfícies lisas e em locais arejados”, finaliza. (Chagas Filho)