Correio de Carajás

CCZ tenta controlar Leishmaniose

CCZ tenta controlar Leishmaniose

O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) tem intensificado as ações de controle da Leishmaniose para tentar diminuir o número de casos da doença, principalmente em humanos. De acordo com o sistema da Vigilância Epidemiológica de Marabá, em 2019 a ocorrência foi menor que em 2018. Os casos de leishmaniose visceral caíram de 35 para 20 e os de leishmaniose tegumentar diminuíram de 43 para 22.

Apesar disso, o coordenador do CCZ alerta que se a população não colaborar, principalmente com a limpeza dos quintais, os números podem subir, pois de acordo com o último levantamento da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) feito em 2017, houve diagnósticos da doença em humanos em oito bairros da cidade.

“O animal contaminado o risco maior é a presença do vetor [mosquito]. Se tiver a presença do vetor aí há risco de contaminação porque o vetor pode ir lá picar ele e depois picar a pessoa”, explica Nagilvan.

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O transmissor é popularmente conhecido como mosquito palha e se reproduz em locais com concentração de lixo orgânico, como por exemplo, restos de comida, frutas apodrecidas, fezes de animais (galinhas, porcos, cachorros, etc.). Por isso, é importante fazer a limpeza diária de quintais e ter cuidado com lixeiras sem tampa para não atrair o mosquito.

O cachorro infectado pode não apesentar sintomas porque a leishmaniose tem um período de incubação de até sete anos, por isso é importante fazer o diagnóstico com o exame. A equipe do CCZ realiza a coleta de sangue em três dias da semana (segunda, quarta e sexta) e o resultado do teste sai em 15 minutos. Em caso de resultado positivo a amostra de sangue é enviada para Belém para comprovação e o resultado final sai com 60 dias.

Alguns animais podem apresentar sintomas, como falta de apetite, perda de peso, atrofia muscular, queda de pelos, lesões nos olhos, crescimento exagerado das unhas, e em estágios mais avançados causa problemas nos rins e no baço.

Tipos de Leishmaniose

A infecção transmitida aos humanos pelo mosquito palha pode se manifestar de duas formas. No caso da leishmaniose visceral causa febre, aumento do fígado e do baço, perda de peso, fraqueza, redução da força muscular e anemia.

Se for a leishmaniose tegumentar, a pessoa infectada pode apresentar sintomas como úlceras na pele e nas mucosas (boca, nariz e garganta), e essas lesões no nariz podem causar entupimentos, sangramentos, coriza, aparecimento de crostas e feridas. Na garganta os sintomas são dor ao engolir, rouquidão e tosse. (Fabiane Barbosa com informações de Josseli Carvalho)