A saída do “todo-campista” Castro foi confirmada oficialmente pela diretoria do Águia de Marabá. O atleta foi negociado com a Ponte Preta. Foi um prêmio para as boas atuações do jogador, já que a “Macaca” é um time de Série B. Além do mais, o Estado de São Paulo é a maior vitrine do futebol nacional, de modo que o jogador poderá alçar voos ainda maiores, com as asas que o Águia lhe deu. Quanto ao time marabaense, fica uma lacuna que pode ser difícil de ser preenchida.
Castro fazia uma função muito singular no esquema tático do treinador Mathaus Sodré, pois da trinca de volantes era ele quem corria de área a área. Embora não seja um jogador tecnicamente refinado, Castro tem muito pulmão, o que sempre lhe conferiu muita mobilidade praticamente durante o jogo inteiro.
Ele chegava a jogar por trás do camisa 9 e também caia pelos flancos, se associando com os jogadores que atuam nas extremas, o que aumentava o leque de possibilidades ofensivas do Azulão Marabaense. E não é só isso.
Leia mais:Com seu 1,91m de altura, o “todo-campista” tem uma bola aérea muito forte, tanto para atacar quanto para defender. Num time de futebol solidário, talhado para distribuir protagonismo, como é o caso do Águia, Castro aproveitou bem as qualidades que tem.
Ele não é nenhum Zico no Flamengo, ou um Messi no Barcelona, mas não há no plantel do Águia nenhum jogador com as características dele, de modo que sua saída implica em mudanças no jeito de jogar da equipe.
Resta saber que estratégias o mister Mathaus vai utilizar para suprir a ausência de Castro. Opções não faltam, afinal o time já tem bons volantes e meias que fazem uma disputa interna acirrada pela titularidade. Além disso, o Águia contratou muitos jogadores para atuar nessa faixa central, reforçando ainda mais o setor.
Neste sábado (24), quando os jogadores pisarem o gramado do Estádio Zinho Oliveira, para duelar com a Tuna, saberemos quem é o escolhido para ostentar a camisa 5 deixada pelo magrelo, que voou para Campinas (SP). (Chagas Filho)