Correio de Carajás

Casos de depressão e tentativa de suicídio entre adolescentes leva CAPS a dialogar com professores

Casos de tentativa de depressão e suicídio entre adolescentes leva CAPS a dialogar com professores

Nesta sexta-feira, dia 27, os técnicos do CAPS (Centro de Atendimento Psicossocial) de Marabá realizam palestras para professores, coordenadores pedagógicos e diretores de escolas da rede municipal de educação para orientar sobre estratégias de prevenção ao suicídio com os alunos.

Como o número de educadores é grande, a coordenação do CAPS e da Secretaria Municipal de Educação decidiram realizar as palestras para dois grupos distintos, sendo um pela manhã e outro à tarde.

Adriana Tábata, coordenadora do CAPS, deu boas vindas aos educadores e explicou que a entidade tem recebido uma demanda cada vez mais crescente de jovens e adolescentes que tentam ou têm pensamentos suicidas e que, por isso, resolveram abrir um diálogo com educadores que trabalham diretamente com esse público nas escolas públicas. “Ano passado demos enfoque para outros atores, mas este ano, dentro do Setembro Amarelo, estamos iniciando esse contato com vocês, professores e diretores, para que saibam lidar com essas situações minimamente”, disse Adriana.

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Allan Raniere Santos da Silva, enfermeiro do CAPS e especialista em saúde mental, realizou a primeira palestra do dia, mostrando como identificar os primeiros sinais de tentativa de suicídio, observando que se deixar o tempo passar, quando a situação chega ao Centro de Atenção Psicossocial, o problema já está instalado e a recuperação é mais demorada. “Creio que, juntos, conseguiremos evitar os números alarmantes que existem hoje”, destacou.

Também participam do diálogo com os educadores Regina Ceo Andrade, psicóloga, e Janaína Colombo, terapeuta ocupacional, que trabalham no CAPS de Marabá e ajudam nas respostas às dúvidas que os professores têm em relação ao assunto.

Francisco Carlos Silva, coordenador pedagógico da Escola Cristo Rei, avaliou, ao final, que a palestra foi enriquecedora para os educadores, porque o diálogo com quem trabalha diretamente com as questões de saúde mental contribui para que os educadores consigam ter mais sensibilidade ao dialogar com os estudantes sobre o assunto.

Ele disse que também foi discutida a tramitação de um projeto de lei na Câmara Municipal para que as escolas tenham uma equipe multidisciplinar, inclusive com assistente social e psicólogo, para realizar atendimento mais especializado com alunos com sintomas de depressão. “Nós, das escolas, também devemos ajudar a mapear os alunos que apresentam sinais de depressão e suicídio”, explica o coordenador pedagógico. (Ulisses Pompeu)