Réu pela morte do enteado, o menino Henry Borel, o ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, destituiu parte de seus advogados de defesa. Nesta segunda-feira (13), Jairinho é esperado para um reinterrogatório no Tribunal do Júri.
Em um ofício endereçado à juíza Elizabeth Machado Louro, o escritório de advocacia Dalledone informou que o acusado decidiu “demitir”:
- Bruno Mattos Albernaz de Medeiros
- Eric de Sá Trotte
- Karina Oliveira Marinho
- Luis Felipe Alves e Silva
- Natalia Gomes da Silva
- Telmo Bernardo Batista
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Uma consulta ao processo no Tribunal de Justiça indica que ainda representam Dr. Jairinho:
- Claudio Dalledone Junior
- Cristiano Medina da Rocha
- Fabiano Tadeu Lopes
- Flávia Pinheiro Fróes
- Luís Fernando Abidu Figueiredo Santos
- Renan Pacheco Canto
- Yasmim da Silva Martins
O documento não explica por que Jairinho destituiu esses advogados.
Reinterrogatório mantido
O desembargador Joaquim Domingos de Almeida Neto, da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro , negou, na sexta-feira (10), um pedido de liminar da defesa de Dr. Jairinho para suspender o interrogatório marcado para esta segunda.
A defesa de Jairinho alegou estar sendo impedida de agir porque a juíza Elizabeth Machado Louro rejeitou o pedido para ouvir três médicas que atenderam o menino Henry Borel num hospital particular da Barra da Tijuca, na Zona Oeste, no dia em que ele morreu.
Os advogados de defesa de Jairinho também pediram para ouvir o radiologista da unidade, os técnicos de necropsia e a perita legista que atenderam o menino.
O desembargador relatou que as três médicas e o radiologista já haviam prestado depoimento e que as demais testemunhas não foram requisitadas no momento adequado.
Relembre o caso
Henry Borel morreu no dia 8 de março de 2021, em decorrência de uma hemorragia interna por laceração hepática por ação contundente, segundo o laudo complementar de necropsia do IML. O laudo também revela que o corpo do menino tinha 23 lesões.
Jairinho e a professora Monique Medeiros, mãe de Henry, são réus pela morte do menino. De acordo com as investigações, a criança morreu por conta de agressões do padrasto e pela omissão da mãe.
Jairinho foi denunciado por:
- homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, tortura e impossibilidade de defesa da vítima), com aumento de pena por se tratar de menor de 14 anos;
- tortura;
- coação de testemunha.
Monique foi denunciada por:
- homicídio triplamente qualificado na forma omissiva imprópria, com aumento de pena por se tratar de menor de 14 anos;
- tortura omissiva;
- falsidade ideológica;
- coação de testemunha.