Um casal procurou a Reportagem do Portal Correio nesta quarta-feira (29) denunciando ter sofrido abuso de autoridade por parte de agentes da Polícia Militar da Ronda Ostensiva com Apoio de Motos (Rocam), que atua em Parauapebas, na noite desta terça-feira (28).
Rafael Santos e Rayires Sousa relatam que três agentes invadiram a casa deles na Rua Estocolmo, Bairro Novo Horizonte, e os agrediram, além de terem feito o mesmo com mais duas pessoas que estavam na residência, realizando abordagem considerada invasiva e hostil pelos denunciantes.
Segundo Rafael, era por volta das 21h40 quando ele chegou em casa de motocicleta e os militares o abordaram, ordenando que ele deixasse-os entrar. Os agentes de Segurança Pública não portavam mandado judicial, acrescenta. “Entraram na minha casa sem permissão, me agrediram com tanta força que rasgaram minha camisa e ainda me atingiram na cabeça”, conta Rafael.
Leia mais:A esposa de Rafael, Rayires, conta que estava amamentando a filha quando também foi agredida pelos agentes. “Eu perguntei se eles tinham um mandado de busca e apreensão para entrar na nossa casa sem permissão, mas eles só gritaram ‘que papel? Vocês não sabem de nada’. Nisso tudo, eu estava com a minha bebê no colo”, relata Rayires.
Rafael conta que os militares foram à casa por conta de uma denúncia feita pelo vizinho, por ele estar com uma caixinha de som ligada. “Nem estava alto o volume e de qualquer forma nada justifica a ação agressiva dos policiais. Podiam chegar conversando com a gente, mas já vieram agredindo e invadindo nossa casa”, reclama Rafael.
Para o casal, a ação da Rocam foi avaliada como péssima. “Não queremos problemas com eles, só pedir que deem uma maneirada na abordagem, foi horrível a forma como fomos abordados”, finalizou Rafael, que pretende buscar a 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil para registrar o caso, além da Corregedoria da Polícia Militar.
O Correio de Carajás esteve nesta manhã no 23º Batalhão de Polícia Militar onde a equipe foi informada que apenas o comandante poderia falar sobre o assunto, mas ele não estava no local.
A Reportagem conseguiu contatar o Comando, que informou não ter conhecimento do caso, já que nenhuma queixa foi registrada oficialmente. Ao questionar sobre o que a população deve fazer caso situações semelhantes se repitam, o Comando informou que deve-se procurar o quartel ou a corregedoria para registro da queixa. (Zeus Bandeira e Ronaldo Modesto)