Estão sentados no banco dos réus, no Tribunal do Júri de Parauapebas, nesta quarta (20), o casal Deyvyd Renato Oliveira Brito e Irislene da Silva Miranda, acusado pela morte de uma menina de 1 ano e 8 meses, ocorrida em janeiro de 2020, em Parauapebas. Os acusados são respectivamente padrasto e mãe da vítima.
Eles foram denunciados pelo Ministério Público do Estado do Pará por estupro de vulnerável, mediante a ocorrência de atos libidinosos e conjunção carnal e pela ocorrência de lesão corporal grave, tortura-castigo e a prática do crime de homicídio qualificado para assegurar a impunidade do crime de estupro de vulnerável, em concurso material e em continuidade delitiva sob a incidência também da causa de aumento por serem padrasto e mãe da vítima.
As investigações da Polícia Civil apontaram que as sessões criminosas ocorriam durante rituais. A perícia realizada no corpo da criança constatou várias lesões, como hematomas nos pulmões, hemorragia intracraniana e traumatismo cranioencefálico grave, que corroboram evidências das agressões físicas contínuas e que motivaram a morte da menina.
Leia mais:As evidências mostraram que os acusados abusaram sexualmente, fisicamente e psicologicamente da menina por tempo indeterminado, afim de se satisfazerem seus desejos sexuais, e que esta veio a óbito diante das incontáveis agressões que eram utilizadas para encobrir os abusos.
A morte foi registrada em 8 de janeiro, quando a bebê deu entrada no Hospital Geral de Parauapebas. A previsão é de que o julgamento não termine hoje e tenha continuidade nesta quinta. (21). (Luciana Marschall)