Correio de Carajás

Carteiros de Marabá aderem à greve dos Correios

Ao menos 90% dos carteiros de Marabá paralisaram as atividades por tempo indeterminado nesta segunda-feira (12), informou o delegado sindical no município, Walclecio Valente de Souza. A mobilização nacional da categoria foi aprovada em assembleias dos sindicatos filiados à Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (FENTECT).

Os servidores dos Correios estão contra as alterações no Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS); a terceirização na área de tratamento; a privatização da estatal; suspensão das férias dos trabalhadores; extinção do diferencial de mercado; descumprimento da cláusula 28 do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), que trata da assistência médica da categoria; e redução do salário da área administrativa.

#ANUNCIO

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Além disso, entre as demandas, estão a contratação de novos funcionários via concurso público, a segurança nos Correios e o fim dos planos de demissão. Um dos principais ataques da ECT é relação à questão do plano de saúde da categoria, que recebe, em média, R$ 1600.

“É um movimento nacional contra uma série de fatores e a favor do nosso convênio médico que o Governo quer reformular os moldes de como é cobrado. Atualmente, pagamos 10% sobre consultas e exames quando utilizamos, mas o Governo pretende cobrar uma mensalidade em torno de R$ 200 e mais 30% sobre exames e consultas”, exemplifica Valente.

Ele acrescenta, ainda, que a questão das férias incomoda os trabalhadores. “Este ano não haverá mais férias para ninguém, quem tirou, tirou, quem não tirou está suspenso sobre a alegação de enxugar a máquina. Eles querem fazer isso cobrando do trabalhador e não podemos pagar essa conta”. Os funcionários do setor administrativo, como atendentes, por exemplo, não aderiram à greve na cidade e o atendimento dos Correios segue normalmente. As entregas, no entanto, estão comprometidas.

Os Correios emitiram nota sobre a greve. Segue, na íntegra:

“A greve é um direito do trabalhador. No entanto, um movimento dessa natureza, neste momento, serve apenas para agravar ainda mais a situação delicada pela qual passam os Correios e afeta não apenas a empresa, mas também os próprios empregados.

Esclarecemos à sociedade que o plano de saúde, principal pauta da paralisação anunciada para a próxima segunda-feira (12) pelos trabalhadores, foi discutido exaustivamente com as representações dos trabalhadores, tanto no âmbito administrativo quanto em mediação pelo Tribunal Superior do Trabalho.

Após diversas tentativas de acordo sem sucesso, a forma de custeio do plano de saúde dos Correios segue, agora, para julgamento pelo TST.

A empresa aguarda uma decisão conclusiva por parte daquele tribunal para tomar as medidas necessárias, mas ressalta que já não consegue sustentar as condições do plano, concedidas no auge do monopólio, quando os Correios tinham capacidade financeira para arcar com esses custos”. (Luciana Marschall com informações de Josseli Carvalho)

 

Ao menos 90% dos carteiros de Marabá paralisaram as atividades por tempo indeterminado nesta segunda-feira (12), informou o delegado sindical no município, Walclecio Valente de Souza. A mobilização nacional da categoria foi aprovada em assembleias dos sindicatos filiados à Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (FENTECT).

Os servidores dos Correios estão contra as alterações no Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS); a terceirização na área de tratamento; a privatização da estatal; suspensão das férias dos trabalhadores; extinção do diferencial de mercado; descumprimento da cláusula 28 do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), que trata da assistência médica da categoria; e redução do salário da área administrativa.

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Além disso, entre as demandas, estão a contratação de novos funcionários via concurso público, a segurança nos Correios e o fim dos planos de demissão. Um dos principais ataques da ECT é relação à questão do plano de saúde da categoria, que recebe, em média, R$ 1600.

“É um movimento nacional contra uma série de fatores e a favor do nosso convênio médico que o Governo quer reformular os moldes de como é cobrado. Atualmente, pagamos 10% sobre consultas e exames quando utilizamos, mas o Governo pretende cobrar uma mensalidade em torno de R$ 200 e mais 30% sobre exames e consultas”, exemplifica Valente.

Ele acrescenta, ainda, que a questão das férias incomoda os trabalhadores. “Este ano não haverá mais férias para ninguém, quem tirou, tirou, quem não tirou está suspenso sobre a alegação de enxugar a máquina. Eles querem fazer isso cobrando do trabalhador e não podemos pagar essa conta”. Os funcionários do setor administrativo, como atendentes, por exemplo, não aderiram à greve na cidade e o atendimento dos Correios segue normalmente. As entregas, no entanto, estão comprometidas.

Os Correios emitiram nota sobre a greve. Segue, na íntegra:

“A greve é um direito do trabalhador. No entanto, um movimento dessa natureza, neste momento, serve apenas para agravar ainda mais a situação delicada pela qual passam os Correios e afeta não apenas a empresa, mas também os próprios empregados.

Esclarecemos à sociedade que o plano de saúde, principal pauta da paralisação anunciada para a próxima segunda-feira (12) pelos trabalhadores, foi discutido exaustivamente com as representações dos trabalhadores, tanto no âmbito administrativo quanto em mediação pelo Tribunal Superior do Trabalho.

Após diversas tentativas de acordo sem sucesso, a forma de custeio do plano de saúde dos Correios segue, agora, para julgamento pelo TST.

A empresa aguarda uma decisão conclusiva por parte daquele tribunal para tomar as medidas necessárias, mas ressalta que já não consegue sustentar as condições do plano, concedidas no auge do monopólio, quando os Correios tinham capacidade financeira para arcar com esses custos”. (Luciana Marschall com informações de Josseli Carvalho)