Na Capital dos Superlativos – a Itu do Pará – Parauapebas reina absoluta na gastança astronômica. No que diz respeito às campanhas eleitorais, idem. Primeiro, o limite de gastos dos candidatos a prefeito de lá é de R$ 3.712.311,11, mais que o dobro do segundo colocado, a capital Belém, que ficou estabelecido pela Justiça em R$ 1.611.259,97. Neste quesito, Marabá fica com R$ 1.091.086,46 em limite de gastos e a quinta posição no ranking estadual.
Passando para o plano real, ao que seja o que realmente está sendo gasto, é possível observar valores quase semelhantes. Somados, os cinco candidatos à Prefeitura de Marabá já gastaram R$ 1.231.108,67 na campanha eleitoral de 2020 até esta sexta-feira (13). Os candidatos de Parauapebas, por seu turno, já desembolsaram R$ 2.499.108,67. A diferença entre os dois municípios é de R$ 1.267.974,48, mas Parauapebas tem mais candidatos na disputa – nove, quase o dobro. Os dados são atualizados em tempo real na plataforma DivulgaCandContas, mantida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Os valores podem ser ainda maiores porque nem todos os candidatos terminaram de prestar contas à Justiça Eleitoral. O prazo para que eles façam isso vai até o dia 15 de dezembro. Os partidos e candidatos prestam informações de três formas distintas, sendo a primeira mediante relatórios financeiros de campanha, que são enviados à Justiça Eleitoral a cada 72 horas; a segunda por meio da prestação de contas parcial, enviada no período de 21 a 20 de outubro; e a terceira pela prestação de contas final, que deve ser enviada até 15 de dezembro.
Leia mais:O candidato Valmir (PSD), que concorre à Prefeitura de Parauapebas pela coligação “Parauapebas de Volta ao Trabalho”, tem a campanha mais cara do município. Foram R$ 1.212.371,92 em despesas contratadas e R$ 313.024,70 de recursos arrecadados até então. Em seguida, as candidaturas que tiveram o maior valor gasto na Capital Nacional do Minério de Ferro são de Darci Lermen (MDB), com R$ 663.258,50; Léo da Cervebras (PSL), com R$ 505.871,50; e Júlio César (PRTB), com R$ 389.227,13.
Em Marabá, o líder de gastos é nada menos que o atual prefeito, Tião Miranda, também do PSD. Ele concorre à reeleição em chapa com o advogado e ex-secretário de Educação e Saúde Luciano Dias pela coligação “Trabalhando por Marabá”. Tião contratou despesas no valor total de R$ 1.212.371,92, o mesmo que seu colega de partido da cidade ao lado. O político recebeu, até aqui, R$ 313.024,70 em recursos.
Depois de Tião, vem Doutor Veloso (PSL), concorrendo pela coligação “Marabá pode Mais”. Ele contratou gastos no valor total de R$ 505.871,50, acumulando R$ 596 mil em recursos recebidos. Grande parte vem do fundo destinado aos partidos. Serviços advocatícios e contábeis, publicidade impressa, atividades de militância e outros estão na lista de despesas.
Na sequência, estão Toni Cunha (PTB), da coligação “Liberta Marabá”, que contratou R$ 264.821,84 em serviços para sua campanha e recebeu R$ 290.630; Irismar (PL), da coligação “Marabá de Oportunidades para Todos”, que desembolsou R$ 81.696,00 e recebeu R$ 175.996; e Professor Rigler, do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), que ainda não indicou a quantidade de gastos , tendo recebido R$ 10.275,00 no total, sendo a maior fatia de recursos do fundo partidário.
É importante frisar que os candidatos ainda vão completar sua prestação de contas nos próximos dias e os números, certamente, sofrerão modificações.
(Da Redação)
Matéria alterada às 6h30 de domingo, 15 de novembro de 2020