Correio de Carajás

Câncer de pele é o mais comum no Brasil; saiba como se prevenir

Foto: Freepik

Nesta quarta-feira (17), o laudo médico do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), apontou um quadro de carcinoma, um tipo de câncer de pele, nas lesões retiradas durante o procedimento cirúrgico realizado no último domingo (14).

➡️O carcinoma é tipo de tumor maligno mais comum de no Brasil e está diretamente ligado à exposição excessiva aos raios ultravioleta (UV), emitidos pelo sol.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de pele não melanoma é o mais incidente no país, com 31,3% do total de casos.

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Detectar a doença ainda no início aumenta bastante as chances de sucesso no tratamento, sobretudo no caso do melanoma, considerado o tipo mais agressivo.

Existem dois grandes grupos de câncer de pele: o não melanoma e o melanoma. Os tumores não melanoma, mais frequentes, dividem-se em carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular. O primeiro cresce lentamente e costuma aparecer como um nódulo rosado em áreas expostas ao sol, como rosto e pescoço. Já o segundo tende a se desenvolver mais rápido, com feridas que não cicatrizam após semanas. Ambos estão fortemente relacionados à radiação solar e exigem atenção médica desde os primeiros sinais.

O melanoma, embora represente apenas 3% dos casos, preocupa por sua agressividade e potencial de metástase, quando as células cancerosas se espalham para outros órgãos. Ele costuma surgir como pintas escuras que mudam de forma, cor ou tamanho com o tempo. Para identificar riscos, médicos utilizam a regra do “ABCDE”: assimetria, bordas irregulares, cores variadas, diâmetro acima de 6 mm e evolução da lesão. Homens tendem a apresentar melanomas no dorso e mulheres nas pernas, enquanto em pessoas negras e asiáticas são mais comuns em mãos e pés.

Além da exposição solar, fatores como histórico familiar, presença de muitas pintas e o uso de medicamentos imunossupressores — comuns em pacientes transplantados — aumentam o risco da doença. A observação regular da própria pele é um passo fundamental na prevenção e diagnóstico precoce. Consultas periódicas com dermatologista e exames como dermatoscopia e mapeamento corporal auxiliam na detecção de alterações suspeitas antes que a doença avance.

O tratamento depende do estágio em que o câncer é descoberto. Na maioria dos casos, a cirurgia para remoção da lesão é suficiente para a cura, principalmente quando feita precocemente. Em situações mais graves, como no melanoma avançado, podem ser necessárias terapias adicionais, incluindo imunoterapia — que estimula o sistema imunológico a combater as células malignas — ou medicamentos orais específicos para mutações genéticas. A prevenção, no entanto, segue como a melhor estratégia: uso diário de protetor solar, roupas adequadas e evitar exposição excessiva ao sol são medidas essenciais para reduzir os riscos.

(Fonte:G1)