O presidente da Associação de Futebol Argentino (AFA), Claudio Tapia, confirmou nesta quarta-feira (6) o cancelamento do amistoso entre as seleções argentina e israelense, que seria no próximo sábado, em Jerusalém.
“Não é nada contra a comunidade israelense ou judia. Mas gostaria que vissem essa decisão como uma contribuição à paz mundial”, disse, em entrevista coletiva. “O futebol é uma mensagem universal, que ultrapassa fronteiras e nada tem a ver com a violência”.
Os jogadores são pressionados por grupos pró-Palestina para não jogar. Messi, o craque da seleção, recebeu uma carta de 70 crianças fazendo um apelo para ele não ir a Jerusalém.
Leia mais:A reação ocorre após o presidente norte-americano, Donald Trump, instalar a embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém, retirando-a de Tel Aviv. A decisão de transferência das representações diplomáticas foi seguida pelos governos do Paraguai e da Guatemala.
As iniciativas provocaram embates entre palestinos e israelenses na Faixa de Gaza, no mês passado, causando mortos e feridos. Os atletas argentinos receberam pedidos também da Federação de Futebol da Palestina para que não comparecessem ao amistoso em Jerusalém.
Jogadores da seleção procuraram a Associação Argentina de Futebol (AFA) mencionando o medo e insegurança para disputar o amistoso em uma região tão atribulada. Extra-oficialmente, integrantes da AFA informaram que o ideal seria cancelar o último amistoso antes da Copa da Rússia.
A Argentina fará sua estreia na Copa 2018 no grupo com a Islândia, Croácia e Nigéria.
(Agência Brasil)