Conforme dados divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) de Canaã dos Carajás, foi detectada redução em 50% do número de casos de Leishmaniose Visceral confirmados no município de janeiro a agosto desde ano, em comparação ao mesmo período do ano passado, 2018.
A Leishmaniose Visceral, se não tratada, pode levar a óbito em até 90% dos casos. É transmitida ao homem pela picada de fêmeas do inseto vetor, conhecido popularmente como mosquito palha e os animais domésticos, principalmente os cães, como hospedeiros.
Em 2018, quando houve um surto da doença, foram confirmados 44 casos. Em 2019, esse número caiu para 22 casos. “A gente vem orientando a população quando ao manejo ambiental, à limpeza de quintais e lotes, não deixar material orgânico acumulado, proteger as casas com telas nas janelas e utilizar repelentes, principalmente crianças, gestantes e idosos”, comenta o Douglas Pacheco, coordenador do Departamento de Endemias do município.
Leia mais:Segundo o relatório divulgado, praticamente todos os bairros registraram casos confirmados de Leishmaniose. Destas localidades, o Bairro Novo Brasil I e II aparece pelo segundo ano consecutivo no topo do ranking dos bairros com o maior índice de casos diagnosticados, nove, no total.
“A gente acredita que essa infestação pelo mosquito no bairro se dá porque é uma região próxima da mata, às montanhas, e os mosquitos migram da vegetação para a periferia. Teoricamente são os bairros mais afetados”, destaca o coordenador. Em segundo, aparece a Vila Planalto, distrito mais populoso do município, que apresentou cinco casos. Em terceiro está o centro de Canaã, com quatro casos.
Mesmo com a melhora nos índices da doença, a população continua assustada e tentado combater o mosquito. “A gente tem o cuidado de manter o lote limpo e olhar até o lote vizinho e quando tem um tempo fazer a coleta de resíduos onde encalha a água, a gente sempre está fazendo”, comenta o pedreiro Raimundo Custódio.
A Leishmaniose Visceral é uma doença infecciosa sistêmica e tem como principais sintomas a febre de longa duração, o aumento do fígado e baço, a perda de peso, fraqueza, redução da força muscular e anemia. (Luciana Marschall e Kevin William)