Cícera Pereira Da Silva, Samuel Sousa Torres e uma adolescente de 17 anos foram encaminhados à Delegacia de Polícia Civil de Canaã dos Carajás, ontem (quinta), após denúncia de que estariam envolvidos com desmanche de veículos roubados. Ao final, foram flagrados com entorpecentes.
De acordo com a Polícia Militar, a informação recebida apontava que caminhonetes que estavam sendo roubadas na região sudeste estavam sendo levadas para Canaã dos Carajás. Após colher mais detalhes, os policiais militares chegaram em uma área conhecida como “Invasão”, localizada em frente à rotatória do S11D, onde identificaram três casas suspeitas de serem ponto de apoio dos suspeitos dos roubos.
Em uma das residências o trio foi abordado. Samuel ainda tentou fugir, correndo pelos fundos do imóvel, desobedecendo a ordem de parada, cruzou cercas e plantações, momento em que caiu e foi imobilizado. A Polícia Militar afirma que ele ainda reagiu à prisão, precisando ser algemado por estar muito exaltado.
Leia mais:Em buscas na casa dele, os policiais encontraram um pedaço de maconha, uma espingarda caseira tipo “por fora”, um motor de motocicleta, juntamente com duas bengalas e uma descarga de motocicleta. As peças estavam escondidas dentro de um tambor, na lateral da casa.
Os militares afirmam que a todo momento o acusado proferia palavras de baixo calão contra a guarnição militar e ameaças, dizendo que “isso não iria ficar dessa forma”. Alegou que estava apenas usando a maconha apreendida e que não sabia de quem eram as peças encontradas em seu quintal.
Em busca pessoal realizada na bolsa da adolescente, foi encontrado um pedaço de maconha, R$ 235 em espécie, trocados, amassados e, segundo os policiais, com odor característico de maconha. Na delegacia, durante a revista, foram encontradas mais quatro petecas de crack em posse da adolescente.
Na casa de Cícera foi encontrada outra espingarda caseira “por fora” e enterrado no quintal um saco de fumo contendo quatro pedaços de maconha. Ao ser questionada acerca da procedência da droga, ela informou aos policiais pertencer a um homem identificado apenas como “Kiko”.
No aparelho celular dela, os militares encontraram conversas com esta pessoa. “Kiko” afirmava nas mensagens estar praticando assaltos na região e enviava fotografias dele portando uma pistola.
A PM sustenta que Cícera possui várias conversas com membros do PCC e fazendo alusão às simbologias do Primeiro Comando da Capital (PCC), dando a entender que a mulher dá apoio aos membros da facção criminosa, que a chamam de “tia” em várias mensagens. Os três foram apresentados à Polícia Civil que deverá investigar o envolvimento em diferentes crimes. (Luciana Marschall)