Correio de Carajás

Canaã dos Carajás: Comércio e setor público reagem às medidas de combate à Covid-19

As poucas pessoas que insistem em sair de casa, em Canaã dos Carajás, se deparam com uma cidade de joelhos por causa dos impactos do novo coronavírus. A dona de casa Kaline Maria procurou a delegacia de polícia do município e encontrou as portas fechadas. No local, só estão fazendo os procedimentos em caso de extrema urgência. “Estamos passando por uma situação muito difícil, até a delegacia está fechada”, reclama a moradora.

Nos bancos, a população está tendo de encarar o sol forte para ser atendida. Na agência da Caixa Econômica Federal os clientes aguardam do lado de fora. Em cumprimento ao decreto da prefeitura, a instituição financeira limitou a entrada de pessoas para evitar aglomeração. “Estão entrando somente quatro pessoas por vez, mas isso não impede a concentração de usuários aqui do lado de fora. Trocaram seis por meia dúzia”, diz um cliente revoltado, que preferiu não se identificar.

No terminal de ônibus o movimento caiu pela metade, segundo os rodoviários. Os únicos coletivos que chegam de outros lugares, estacionam quase vazios. As equipes de vigilância em saúde de Canaã dos Carajás e a Polícia Militar acompanham o embarque e desembarque de passageiros. “Desde fevereiro o movimento já estava fraco, agora piorou”, desabafa o motorista Joaber Silva. Para o agente de endemias da cidade, Wesley Santos, as orientações sobre as medidas de contenção do vírus são explicadas tanto para quem mora aqui quanto para quem vem de fora”.

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Os empresários locais, principalmente os de pequeno e médio porte, estão se virando como podem com a queda nas vendas para driblar os impactos provocados pelo coronavírus. Com as portas fechadas, o jeito é trabalhar fazendo entregas em domicílio. “Só assim pra gente não demitir mais funcionários e não quebrar”, diz o comerciante Lúcio da Silva. (Nyelsen Martins e Kevin William)