Correio de Carajás

Caixa Econômica do Bairro Cidade Nova é fechada pelo Sindicato dos Bancários

Recorrentes denúncias por falta de estrutura, poucos funcionários e até mesmo violência organizacional – com relatos de assédio moral dentro da unidade – levaram o Sindicato dos Bancários do Pará – Subsede Marabá a fechar durante todo o dia de hoje, terça-feira (11), a agência da Caixa Econômica Federal do Bairro Cidade Nova.

Os clientes que chegarem ao prédio, localizado na Avenida Frei Raimundo Lambezart, ao lado da Praça São Francisco, darão de cara com as portas fechadas e uma faixa fixada pelo sindicato, onde se lê: “Este banco não respeita seus clientes e funcionários”.

Ao Portal Correio de Carajás, a diretora do Sindicato em Marabá, Heidiany Moreno, informou que o fechamento é devido a diversos problemas que a agência apresenta sem que haja atenção por parte da administração. “Estamos em contato com a Superintendência desde o ano passado, já fizemos duas reuniões com eles, já fizemos denúncia no Ministério Público e nada foi resolvido”.

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Inicialmente, diz, os problemas estruturais são graves. “Ela não é suficiente para atender às pessoas que vêm na agência, que está o tempo todo lotada, com quadro funcional insuficiente e que não condiz com o número de clientes. Ela atende pessoas inclusive de itupiranga e tem de quatro a seis funcionários dependendo da época do ano, em meses que há pessoas de férias ou adoecidas”, afirma.

Uma denúncia grave, acrescenta, é de que há violência organizacional relatada frequentemente por funcionários. “O gestor já foi diversas vezes denunciado por assédio moral, tentamos conversar com a Superintendência e não tivemos avanço, o que faz os colegas adoecerem e saírem de licença saúde diversas vezes no mês, são vários colegas, não é a mesma pessoa. Tentamos resolver esse problema de violência organizacional e a Superintendência não nos deu uma resposta”, declarou.

Conforme a diretora, o ato desta terça é uma forma de pressionar a administração a sentar e resolver os pontos questionados. “Esses pontos atingem os funcionários e atingem também a população porque quando um funcionário falta por estar adoecido é menos um no quadro que já é pequeno e a população fica sem atendimento, o que torna um caos a agência, com volume de pessoas muito grande”, finalizou.

A Reportagem solicitou e aguarda posicionamento da assessoria de comunicação da Caixa Econômica Federal sobre as denúncias e orientações aos clientes que necessitarem de serviços da agência. (Luciana Marschall)