Começou na manhã de hoje, segunda-feira, 12, na sala do Tribunal de Júri do Fórum de Parauapebas, o julgamento do cabo da Polícia Militar, Francisco Gledson da Conceição. O militar é acusado de matar com um tiro na cabeça a jovem Mikaely Steffany Ferraz Spinola, que à época tinha 22 anos.
O crime aconteceu no dia 31 de agosto de 2016 na casa onde a vítima morava, à Rua Amazonas, no Bairro Rio Verde. Segundo os autos do processo, Mikaely estava com Francisco Gledson quando levou o tiro desferido pela arma do policial, uma pistola .40.
As primeiras informações levantadas, com base no depoimento do militar, que é lotado no 23º Batalhão de Polícia Militar de Parauapebas, é que a jovem, com quem ele mantinha um relacionamento amoroso, teria pegado a arma e cometido suicídio.
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Essa versão, depois, foi desmentida na conclusão da perícia técnica feita pelo Centro de Perícias Científicas Renato Chaves. O laudo concluiu que a jovem foi assassinada e o policial foi denunciado pelo crime.
A defesa do policial, no entanto, contesta o laudo do Instituto Médico Legal (IML). O advogado dele, Flavio Moura, chegou a impetrar recurso contra a sentença de pronúncia. Depois, desistiu de dar sequência à ação por acreditar que o cliente será absolvido pelo Tribunal do Júri.
Para embasar isso, eles contrataram perícia particular, que teria comprovado que Mikaely cometeu suicídio. O julgamento deve entrar noite adentro e não tem hora para ser concluído.
O júri é presidido pela juíza Adriana Karla Diniz Gomes da Costa, titular da 1ª Vara Criminal da Comarca de Parauapebas. Na acusação, atua o promotor Adonis Tenório Cavalcante. Segundo os autos do processo, foi apurado no curso das investigações levadas a efeito pela Polícia Judiciária que o réu era extremamente possessivo e ciumento no relacionamento que mantinha com a vítima. Ele já teria histórico de agressão contra ela, conforme relatos das testemunhas ouvidas.
No dia do crime, segundo as investigações, o policial e a vítima consumiram cervejas e jantaram em um bar, depois seguiram para outro estabelecimento e, de lá, para a residência de Mikaely. “Ato contínuo, a vítima deitou-se sobre a cama, ocasião em que o acusado teria aproximado-se desta e efetuado o disparo de arma de fogo, ocasionando-lhe a morte, mediante emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima”, relatam os autos do processo.
Depois disso, “após o suposto cometimento do feminicídio, o denunciado teria alterado a cena do crime para simular a ocorrência de um suicídio”. O acusado, no entanto, sempre negou o crime, alegando que a namorada cometeu suicídio movida por ciúmes. (Tina Santos)
Começou na manhã de hoje, segunda-feira, 12, na sala do Tribunal de Júri do Fórum de Parauapebas, o julgamento do cabo da Polícia Militar, Francisco Gledson da Conceição. O militar é acusado de matar com um tiro na cabeça a jovem Mikaely Steffany Ferraz Spinola, que à época tinha 22 anos.
O crime aconteceu no dia 31 de agosto de 2016 na casa onde a vítima morava, à Rua Amazonas, no Bairro Rio Verde. Segundo os autos do processo, Mikaely estava com Francisco Gledson quando levou o tiro desferido pela arma do policial, uma pistola .40.
As primeiras informações levantadas, com base no depoimento do militar, que é lotado no 23º Batalhão de Polícia Militar de Parauapebas, é que a jovem, com quem ele mantinha um relacionamento amoroso, teria pegado a arma e cometido suicídio.
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Essa versão, depois, foi desmentida na conclusão da perícia técnica feita pelo Centro de Perícias Científicas Renato Chaves. O laudo concluiu que a jovem foi assassinada e o policial foi denunciado pelo crime.
A defesa do policial, no entanto, contesta o laudo do Instituto Médico Legal (IML). O advogado dele, Flavio Moura, chegou a impetrar recurso contra a sentença de pronúncia. Depois, desistiu de dar sequência à ação por acreditar que o cliente será absolvido pelo Tribunal do Júri.
Para embasar isso, eles contrataram perícia particular, que teria comprovado que Mikaely cometeu suicídio. O julgamento deve entrar noite adentro e não tem hora para ser concluído.
O júri é presidido pela juíza Adriana Karla Diniz Gomes da Costa, titular da 1ª Vara Criminal da Comarca de Parauapebas. Na acusação, atua o promotor Adonis Tenório Cavalcante. Segundo os autos do processo, foi apurado no curso das investigações levadas a efeito pela Polícia Judiciária que o réu era extremamente possessivo e ciumento no relacionamento que mantinha com a vítima. Ele já teria histórico de agressão contra ela, conforme relatos das testemunhas ouvidas.
No dia do crime, segundo as investigações, o policial e a vítima consumiram cervejas e jantaram em um bar, depois seguiram para outro estabelecimento e, de lá, para a residência de Mikaely. “Ato contínuo, a vítima deitou-se sobre a cama, ocasião em que o acusado teria aproximado-se desta e efetuado o disparo de arma de fogo, ocasionando-lhe a morte, mediante emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima”, relatam os autos do processo.
Depois disso, “após o suposto cometimento do feminicídio, o denunciado teria alterado a cena do crime para simular a ocorrência de um suicídio”. O acusado, no entanto, sempre negou o crime, alegando que a namorada cometeu suicídio movida por ciúmes. (Tina Santos)