Correio de Carajás

Bruna Alexandre e Dani Rauen garantem medalha no tênis de mesa

Bruna, que se tornou a primeira brasileira a jogar as Olimpíadas e Paralimpíadas, garante pódio nas duplas ao lado de Dani Rauen, após vitória por 3 a 0 contra ucranianas

Bruna Alexandre e Dani Rauen vencem ucranianas e garantem medalha no tênis de mesa — Foto: Alexandre Schneider/CPB

O Brasil garantiu a segunda medalha do tênis de mesa nas Paralimpíadas. Depois do bronze de Joyce Oliveira e Catia Oliveira nas duplas da classe WD5, Bruna Alexandre e Dani Rauen avançaram para a semifinal da WD 17 em partida disputada nesta sexta-feira. As brasileiras derrotaram as ucranianas Maryna Lytovchenko e Iryna Shynkarova por 3 a 0, parciais de 11/4, 11/2 e 11/3.

Bruna garante medalha nas duplas — Foto: Alexandre Schneider/CPB
Bruna garante medalha nas duplas — Foto: Alexandre Schneider/CPB

Como não há disputa de bronze no tênis de mesa, as brasileiras, por chegarem na semi, já garantiram uma medalha. As adversárias da semifinal serão as australianas Yang Qian e Lei Lina.

Bruna fez história há três semanas ao se tornar a primeira brasileira a disputar as Olimpíadas e Paralimpíadas. Ela, que tem no currículo quatro medalhas paralímpicas, participou do time verde-amarelo nas Olimpíadas. Aos seis meses de vida, Bruna foi submetida à amputação do braço direito por consequência de uma trombose, provocada por uma injeção mal aplicada. A jovem começou no tênis de mesa aos 12 anos, influenciada pelo irmão.

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Dani e Bruna jogaram mais cedo as duplas mistas e foram derrotadas. Bruna jogou ao lado de Paulo Salmin e perdeu para os ucranianos Viktor Didukh e Iryna Shinkarova por 3 sets a 0 (parciais de 7/11, 4/11 e 9/11). Já Dani, ao lado de Luiz Manara, parou nas quartas da classe XD17 para as polonesas Karolina Pek e Piotr Grudzien por 3 sets a 2 (parciais de 11/8, 11/8, 11/13, 4/11 e 9/11).

– Tênis de mesa é muito mental, a gente teve que virar a chave. Tinha saído triste da dupla mista, mas teve que virar a chave. Saímos com a vitória – disse Dani.

Já Dani, descobriu, aos quatro anos de idade, que sofre com artrite reumatóide juvenil – doença que causa atrofia nos músculos e degenera articulações – e passou a controlar com medicação. Começou a jogar tênis de mesa na escola, aos nove anos, com pessoas sem deficiência. Essa é a terceira medalha paralímpica de Dani.

– A gente merece muito esse resultado. A semi será um jogo difícil, mas a gente já ganhou delas. A gente treinou muito em duplas. Dupla é treinável, não é só encaixar e se juntar – disse Dani.

BRONZE CONFIRMADO

 

Joyce e Catia ficaram com o bronze no tênis de mesa das Paralimpíadas — Foto: Alexandre Schneider/CPB
Joyce e Catia ficaram com o bronze no tênis de mesa das Paralimpíadas — Foto: Alexandre Schneider/CPB

Mais cedo, Cátia Oliveira e Joyce Oliveira foram derrotadas pela dupla sul-coreana formada por Su Yeon Seo e Jiyu Yoon por 3 sets a 0 (parciais de 06/11, 09/11 e 11/13) nas semifinais das duplas femininas WD5. Assim, confirmaram o bronze. Esta é a segunda medalha de Cátia Oliveira na carreira.

(Fonte:G1)