Correio de Carajás

Brasileiro que teve câncer cinco vezes sobe o Monte Everest : “Não existe impossível”

O goiano João Carlos celebrou a chegada ao acampamento base da montanha em seu perfil nas redes sociais

Nas palavras de João Carlos, ou como conhecido popularmente, João Saci, “não existe impossível”. O goiano de 38 anos aventurou-se durante uma semana até alcançar um acampamento base do Monte Everest, montanha de maior altitude do mundo, localizada no Nepal. Após superar o câncer cinco vezes, ele realizou o feito no dia 17 de abril.

O ex-atleta paralímpico contou que teve sua perna esquerda amputada após o diagnóstico de câncer no joelho esquerdo. Depois do ocorrido, lidou com outros 4 tumores, incluindo um câncer no pulmão. Ele explica que a decisão de escalar o Monte Everest era maior do que um desafio pessoal. “Não era um feito pessoal, era sobre inspirar pessoas. Eu queria mostrar que apesar dos obstáculos, podemos superá-los”.

João Carlos utilizou o Instagram para compartilhar toda a sua rotina até chegar ao acampamento base do Everest. A viagem estava sendo planejada desde 2019, mas foi adiada devido à pandemia da Covid-19. O goiano comentou ter decidido realizar a escalada depois de ver um amigo fazer o mesmo.

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“Eu queria algo que me tirasse da zona de conforto. Caminhar várias horas por dia, com aquela altitude, é um baita de um desafio”. Em seu perfil nas redes sociais, é possível acompanhar toda a sua preparação física e mental.

Ele reflete que a repercussão tem sido muito positiva e que seu objetivo de inspirar as pessoas foi atingido. “Se eu hoje cheguei ao Monte Everest, foi por ter entendido as minhas dores. Acredito que sempre temos a oportunidade de realizarmos nossos sonhos. E é isso que eu quero deixar para as pessoas”.

João descobriu um tumor no joelho esquerdo aos 17 anos, que levou à amputação do membro. Em seguida, decidiu se dedicar às competições de natação paralímpica, modalidade que garantiu a ele mais de 40 medalhas.

Em 2005, João recebeu o diagnóstico de câncer no pulmão e teve de parar com o treinamento para realizar o tratamento. “No auge da minha carreira, descobri um nódulo no pulmão. Foi um dos momentos mais difíceis da minha vida”. Em 2010, o ex-atleta teve parte do pulmão esquerdo retirado, em consequência do quarto diagnóstico de câncer. Quatro anos depois, em 2014, aposentou-se oficialmente das competições de natação. João lamenta ter deixado a modalidade, mas afirma que, na época, já não tinha a mesma disposição de antes para continuar competindo

Após esse período, tratou um nódulo simples em 2016 e decidiu iniciar no crossfit, esporte que pratica até o momento. João continua usando seu perfil no Instagram para compartilhar sua rotina, além de publicar suas aventuras.

(Fonte: O POVO)