As políticas públicas brasileiras resultaram na redução de 2,6 milhões de toneladas de emissões de gases de efeito estufa nos últimos dois anos, informou hoje (22) o ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte, que participa em Montevidéu, da Semana do Clima da América Latina e Caribe. Segundo ele, o Brasil não apenas cumprirá as metas estabelecidas no Acordo de Paris, como deve conseguir alcançá-las “antes do previsto”.
O ministro apresentou um painel sobre o assunto na manhã de hoje. “A região [América Latina e Caribe] tem metas importantes a cumprir, e vem cumprindo, especialmente pela contribuição brasileira. A queda no desmatamento, sobretudo na Amazônia e no Cerrado, trouxe grandes resultados para o cumprimento das metas estabelecidas para o Brasil. Os resultados alcançados na Amazônia – queda de 12% no ano passado – foram significativos. Nos últimos dois anos, no setor florestal, a redução foi de mais de 2 bilhões de toneladas, o que contribuiu para o cumprimento do acordo”, afirmou em entrevista à Agência Brasil.
“A criação de novas unidades de conservação e a soma entre o que está deixando de ser emitido e o que está sendo capturado por nossas florestas fazem com que o Brasil tenha resultados bastante otimismas na redução de prazos para o cumprimento dos compromissos brasileiros. Estamos indicando ao mundo que o Brasil vai cumprir as metas e que é possível alimentar a possibilidade de estabelecer outras, além daquelas já estabelecidas”.
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No âmbito do Acordo de Paris, o Brasil propôs redução de 37% nas emissões até 2025, tendo como ponto de partida as emissões de 2005 e a possível redução delas em 43% até 2030. “Nos dois últimos anos, o Brasil alinhou sua produtividade, resgatando o país da crise econômica, se desenvolvendo, criando empregos, o que é um sinal claro para o mundo de que desenvolvimento econômico e meio ambiente podem e devem andar juntos”, disse o ministro.
Em relação aos maiores desafios da América Latina e do Caribe, Edson Duarte enumerou a conservação do solo, a qualidade dos alimentos, a redução da dependência dos agroquímicos, o cuidado com as águas, o combate ao tráfico de animais e às atividades ambientais ilegais.
Segundo o ministro, o Brasil mantém o protagonismo no contexto mundial, onde pairam uma série de dúvidas quanto ao cumprimento das metas estabelecidas no Acordo de Paris. “Estamos colocando à disposição dos outros países não só as nossas plataformas, mas os nosso técnicos. De tal forma que não estamos só exportando produtos, mas também soluções ambientais. O Brasil é um exemplo para a região e para o mundo.”
A Semana do Clima da América Latina e Caribe termina amanhã (23). O objetivo do evento é alavancar as ações climáticas da região e apoiar a implementação das contribuições nacionais (NDC) dos países para o Acordo de Paris e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS). (Agência Brasil)