Correio de Carajás

Brasil deve exportar 552 mil toneladas de aço a menos com restrição dos EUA, diz estudo

A decisão do governo dos Estados Unidos de impor quotas para o aço brasileiro deve reduzir as exportações do Brasil em 552 mil de toneladas neste ano, o que representa uma queda de 3,1% na comparação com 2017.

Em receitas de exportação, o impacto para a economia brasileira deverá ser de US$ 321 milhões.

Os dados estão em um levantamento inédito realizado pela Tendências Consultoria Integrada e indicam uma reversão das expectativas. Antes, a projeção era de alta de 0,5% nos embarques de aço brasileiro neste ano.

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“O crescimento que se esperava acabou frustado por causa da decisão dos Estados Unidos”, afirma Felipe Beraldi, economista da área de análise setorial e inteligência de mercado da Tendências.

A definição das quotas terá como base a média exportada pelo Brasil para a economia norte-americana no período de 2015 a 2017.

As regras do acordo ainda não estão totalmente definidas pelo governo, mas o modelo a ser adotado deverá ser o de hard quota (quota dura). Se o total estipulado de exportação for ultrapassado, não será mais possível vender o produto para os EUA.

Com o desempenho mais fraco das exportações, a produção brasileira também deve sofrer, embora numa magnitude menor. A expectativa agora é de crescimento da produção de 1,8% neste ano na comparação com 2017, abaixo da expectativa de alta inicial de 3,4%.

“Apesar da queda nas exportações, nós enxergamos uma melhora do mercado do interno”, diz Beraldi.

Para este ano, a Tendências estima um crescimento das vendas internas numa faixa entre 10% e 12%. A alta parece expressiva, mas ela se dá por causa de uma fraca base de comparação. O setor foi duramente afetado pela crise econômica. Ao fim deste ano, por exemplo, as vendas internas devem estar 17% abaixo do nível observado em 2013.

Negociação

O governo brasileiro informou no início deste mês que os EUA interromperam as negociações e decidiram aplicar medidas restritivas para o aço e alumínio brasileiro que estavam temporariamente suspensas.

O setor de aço pode escolher entre quotas ou sobretaxa de 25%.

As novas taxas para a importação de aço e alumínio foram impostas no começo de março pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

A medida começou a valer em 23 de março, mas Brasil e outros parceiros comerciais dos EUA ficaram de fora e tinham até 1º de maio para chegar a um acordo. Desde então, os dois países buscaram uma negociação bilateral para o caso.

O Brasil é o segundo maior exportador de aço para os EUA e as vendas para o país representam um terço das exportações brasileiras do produto.

(Fonte: G1)

A decisão do governo dos Estados Unidos de impor quotas para o aço brasileiro deve reduzir as exportações do Brasil em 552 mil de toneladas neste ano, o que representa uma queda de 3,1% na comparação com 2017.

Em receitas de exportação, o impacto para a economia brasileira deverá ser de US$ 321 milhões.

Os dados estão em um levantamento inédito realizado pela Tendências Consultoria Integrada e indicam uma reversão das expectativas. Antes, a projeção era de alta de 0,5% nos embarques de aço brasileiro neste ano.

“O crescimento que se esperava acabou frustado por causa da decisão dos Estados Unidos”, afirma Felipe Beraldi, economista da área de análise setorial e inteligência de mercado da Tendências.

A definição das quotas terá como base a média exportada pelo Brasil para a economia norte-americana no período de 2015 a 2017.

As regras do acordo ainda não estão totalmente definidas pelo governo, mas o modelo a ser adotado deverá ser o de hard quota (quota dura). Se o total estipulado de exportação for ultrapassado, não será mais possível vender o produto para os EUA.

Com o desempenho mais fraco das exportações, a produção brasileira também deve sofrer, embora numa magnitude menor. A expectativa agora é de crescimento da produção de 1,8% neste ano na comparação com 2017, abaixo da expectativa de alta inicial de 3,4%.

“Apesar da queda nas exportações, nós enxergamos uma melhora do mercado do interno”, diz Beraldi.

Para este ano, a Tendências estima um crescimento das vendas internas numa faixa entre 10% e 12%. A alta parece expressiva, mas ela se dá por causa de uma fraca base de comparação. O setor foi duramente afetado pela crise econômica. Ao fim deste ano, por exemplo, as vendas internas devem estar 17% abaixo do nível observado em 2013.

Negociação

O governo brasileiro informou no início deste mês que os EUA interromperam as negociações e decidiram aplicar medidas restritivas para o aço e alumínio brasileiro que estavam temporariamente suspensas.

O setor de aço pode escolher entre quotas ou sobretaxa de 25%.

As novas taxas para a importação de aço e alumínio foram impostas no começo de março pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

A medida começou a valer em 23 de março, mas Brasil e outros parceiros comerciais dos EUA ficaram de fora e tinham até 1º de maio para chegar a um acordo. Desde então, os dois países buscaram uma negociação bilateral para o caso.

O Brasil é o segundo maior exportador de aço para os EUA e as vendas para o país representam um terço das exportações brasileiras do produto.

(Fonte: G1)