Correio de Carajás

Botijão de gás tem aumento de 15,14% em um ano no Pará

 As famílias do Pará e de todo o Brasil estão gastando mais com o botijão de gás de 13 kg o que, consequentemente, corresponde a uma mordida maior no orçamento. Segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos no Pará (Dieese-PA), de junho de 2017 a maio deste ano, o preço do botijão subiu 15,14% no Estado. No ano passado, o preço do produto era em média de R$ 62,57 e em maio de 2018 custava R$ 72,04. “O aumento afeta diretamente a taxa de inflação, elevando o custo de vida e depreciando o valor dos salários”, conclui o estudo.

O Dieese faz um recorte de renda familiar, que considera os 10% mais pobres. No estado de São Paulo, essa população tem renda mensal média de R$ 601,39 e, portanto, 10,8% de seus ganhos vão para bancar o botijão de gás, considerando o preço médio de R$ 65,07. Os paulistanos mais pobres estão entre os menos afetados pelo encarecimento; no Maranhão, 59% dos rendimentos vão para pagar essa despesa. No Pará, a situação não é diferente. As família de baixa renda, que recebem mensalmente R$ 217,80, acabam comprometendo 33% do que ganham.

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Segundo a nota técnica do Dieese, a composição do preço do GLP (13 kg) e a variação de valores nas refinarias, nos distribuidores e revendedores finais A, a comercialização do GLP começa com a venda a granel pelo produtor (refinarias) ou importador para as empresas distribuidoras. Estas podem comercializar o produto para indústrias (geralmente a granel, utilizando caminhões tanques), pontos de revenda ou diretamente aos consumidores finais.Na composição de preços ao consumidor final de GLP, a Petrobras responde por 32% do valor final, outros 18% são tributos (15%, ICMS, e 3%, PIS/Pasep e Cofins) e o restante, 50%, é composto por distribuição e revenda.

(Fonte: Diário do Pará)