Danilo Oliveira é bombeiro civil há 13 anos e participa da instrução da empresa Resgate, que já soma 310 homens atuando em Parauapebas, nesta atividade, nesta quarta-feira (9), quando estava aprimorando os conhecimentos acerca de diferentes ferramentas que são utilizadas pela categoria no dia a dia, principalmente em caso de resgate de vítimas.
“O treinamento é mais difícil possível em cima de procedimentos nacionais, a gente segue tudo que manda a cartilha do bombeiro e o bombeiro sem equipamento não passa de um cidadão normal, então é necessário que a gente aprenda a utilizar os instrumentos”, observa.
Como exemplo, ele cita o policorte que estava sendo manuseado no treinamento. “Serve exatamente para corte de estrutura. Por exemplo, em caso de desabamento de prédios o equipamento pode auxiliar no resgate de pessoas soterradas em escombros. É um equipamento perigoso, por isso existe a instrução e temos que convencer os bombeiros que existe o risco, mas com conhecimento e técnica aplicada pode se utilizar o equipamento da melhor forma possível”.
Leia mais:O instrutor, Magner Roriz, diz que a finalidade do treinamento em questão é assimilar os alunos às ferramentas específicas utilizadas no dia a dia. Ele explica que os homens possuem formação básica, conforme a norma técnica do Bombeiro Militar e uma norma da ABNT que orienta como ela deve ser, mas ela é direcionada para o básico.
“Não que seja insuficiente, mas não adianta fazer uma formação avançada se não vai trabalhar com as mesmas ferramentas. O bombeiro não utiliza as mãos, somente, usa equipamentos e tem que se especializar no que há para ele trabalhar. Um sistema de desencarceramento, por exemplo, possui três ou quatro marcas no mercado e ele precisa se especializar na que ele vai utilizar no dia a dia.
Além do policorte, os alunos estavam sendo apresentados ao sistema de motor empregado pela empresa e aos botes. “Isso vai deixar ele (bombeiro) com especificidade diretamente na atividade que ele vai exercer. A gente também faz a atividade de resgate aquático onde eles imaginam que uma embarcação virou e eles precisam colocar o bote na água, montar o motor, colocar a embarcação na água e ligar em menos tempo possível”.
O próximo passo é levar os alunos para a água e aprimorar ainda mais a prática. “Vamos ensinar eles a caírem na água, subirem na embarcação, resgatarem a vítima e colocarem ela na embarcação”. Para Magner, as empresas privadas atualmente poupam recursos ao contratarem bombeiros civis em vez de serviços variados a partir de diferentes empresas. “São pessoas especializadas, que ficam 24 horas na área e sai mais barato”, diz. (Luciana Marschall e Ronaldo Modesto)