Ao contrário do que ocorre tradicionalmente, o presidente do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, nomeou nesta terça-feira (15) o professor Francisco Ribeiro da Costa para ocupar o cargo de reitor da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), com sede em Marabá. Costa é o terceiro colocado da lista tríplice enviada ao Governo Federal (geralmente o presidente escolhe o mais votado). O mandato para a reitoria tem duração de quatro anos.
A lista tríplice dos candidatos à reitoria mais votados pela comunidade acadêmica foi enviada ao Ministério da Educação (Mec) no dia 10 de junho deste ano. O atual reitor da Unifesspa, professor Maurílio de Abreu Monteiro, cujo mandato referente ao quadriênio 2016-2020 termina no mês de outubro deste ano, foi reeleito pela comunidade universitária com 84,4% dos votos válidos. Em segundo lugar, ficou o professor Fábio dos Reis Ribeiro de Araújo, com 8,7% dos votos, e Francisco Ribeiro da Costa foi o terceiro colocado, com 6,9% dos votos.
A consulta à comunidade acadêmica foi realizada de forma on-line, no período de 15 de abril a 2 de junho, com amplo comparecimento às urnas, resultando numa participação de 78,8% do colégio eleitoral, o que corresponde ao engajamento de 85,8% dos docentes, 36,4% dos alunos e 88,5% dos técnicos administrativos.
Leia mais:A Unifesspa foi criada em 5 de junho de 2013, pela Lei Federal 12.824, a partir do desmembramento do Campus Marabá da Universidade Federal do Pará (UFPA).
O resultado pegou a comunidade acadêmica de surpresa no início da noite desta terça-feira e o atual reitor e equipe ainda estão digerindo o resultado dessa “escolha”.
Mas quem pensa que Francisco Ribeiro é de extrema direita, do time de Bolsonaro, está enganado, pelo menos em relação a seu Plano de Trabalho para a gestão 2020-2024. Veja o que ele diz em um trecho: “Da mesma forma que a Unifesspa não surgiu por um acaso, a sua gestão, no próximo período, não pode ser pensada deslocada da conjuntura, o próximo reitor ou reitora não pode fechar os olhos a esta realidade orçamentária, nem aos ataques proferidos pelo governo Bolsonaro às universidade federais, que tem impacto ainda maior sobre a Unifesspa pois somos uma universidade em implantação e os ataques nos atingem de forma mais intensa e diferenciada das universidades federais já consolidadas. Por conseguinte, é um erro, um equívoco falar em futuro da gestão da Unifesspa sem considerar os ataques presentes”.
Francisco Ribeiro é professor do Instituto de Geociências e Engenharias do Campus II da Unifesspa em Marabá. Possui graduação em Geologia pela Universidade Federal do Pará (2002) e mestrado em Geologia e Geoquímica pela mesma universidade. Atualmente, é professor da Faculdade de Geologia do Instituto de Geociências e Engenharia do Campus Universitário de Marabá da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará. Cursou Doutorado no P.P.G.G. (Programa de Pós Graduação em geologia e Geoquímica). Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geologia Estrutural, Hidrogeologia, Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento, atuando principalmente nos seguintes temas: Geologia, Hidrogeologia, Meio Ambiente, Geologia Ambiental, Geomorfologia, Geologia Estrutural, Sensoriamento Remoto e Cartografia Geológica.
Abaixo, leia a publicação no Diário Oficial da União:
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/decreto-de-15-de-setembro-de-2020-277506449
Agora, leia o Plano de Trabalho do novo reitor:
https://eleicaoreitoria.unifesspa.edu.br/images/arquivos/FRANCISCORIBEIROPROPOSTAVERSOFINAL.pdf
(Redação do Correio com informações do G1)