O presidente Jair Bolsonaro e seu partido, o PL, entraram com pedido no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta terça-feira, 22, paraanular votos de alguns modelos de urnas eletrônicas.
Os modelos em questão são máquinas fabricadas anteriormente ao ano de 2020. O Terra teve acesso ao pedido e verificou que as urnas são dos modelos UE2009, UE2010, UE2011, UE2013 e UE2015, usados nas eleições presidenciais de 2022.
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Em coletiva de imprensa nesta terça-feira, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, disse que o partido está agindo na intenção de “fortalecer a democracia” no País e, como o partido não tem especialistas em seguranças de dados, uma equipe técnica foi contratada para fazer o trabalho e “garantir a transparência do processo eleitoral”.
“Confesso que eu fiquei surpreso”, afirmou sobre o resultado. “O relatório não expressa a opinião do PL, mas é resultado de estudos elaborados por especialistas graduados em universidades mais respeitadas do mundo”, acrescentou, sem citar quais universidades.
O pedido é assinado pelo advogado Marcelo Luiz Ávila de Bessa, que estava presente na coletiva, e explicou que a solicitação foi baseada em uma auditoria do Instituto Voto Legal. “Esse relatório apontou inconscistências em urnas fabricadas anteriormente ao ano de 2020”.
Segundo Bessa, tais “inconsistências” não ocorreram em urnas fabricadas após 2020.
“Isso não quer dizer que ocorreu uma fraude, mas é uma possibilidade de fragilidade que não nos dá certeza de que aquelas urnas tenham credibilidade suficiente para atestar a votação”.
Segundo dados apresentados pelo PL, nessas urnas, o resultado é diferente do segundo turno das eleições. “Nesse caso, Bolsonaro teria pouco mais de 51% e Lula 48,95% dos votos”.
O partido solicitou, portanto, uma representação para que o TSE aprofunde o estudo e, verificando esse mau funcionamento, aplique as consequências legais que entender necessárias.
(Fonte:Terra)