Correio de Carajás

Bolsonaro adverte STF e critica operação da PF por supostas fake news: “Chega”

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Em um discurso demarcador de território na manhã desta quinta-feira, dia 28 de maio, o presidente Jair Bolsonaro criticou a autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a operação deflagrada ontem, quarta-feira (27) pela Polícia Federal.

Segundo o chefe do Executivo, tudo tem um limite.  Em meio a entrevista de imprensa ele enviou um recado direto à corte dizendo que “Não teremos outro dia como ontem”.

“Ninguém mais do que eu, cada vez mais tem demonstrado que tem um compromisso com a democracia, com a liberdade. Agora, as coisas têm um limite. Ontem foi o último dia. Eu peço a Deus que ilumine as poucas pessoas que possam se julgar melhor e mais poderosas do que os outros, que se coloquem no seu devido lugar, que nós respeitamos. E (vou) dizer mais: Não podemos falar em democracia sem um Judiciário independente, sem um Legislativo independente, para que possa tomar decisões, não monocraticamente por vezes, mas são questões que interessam ao povo como um todo, que tomem, mas de modo que seja ouvido o colegiado. Acabou, porra! Me desculpem o desabafo. Acabou. Não dá para admitir mais a atitude individuais de certas pessoas, tomando de forma quase que pessoal, certas ações”, apontou.

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Segundo ele, a medida tomada pelo Supremo visa retirar sua visibilidade na mídia: “Querem tirar a mídia que tenho a meu favor sob o argumento mentiroso de fake news”, disse o presidente.

Em outro trecho, ele afirmou: “Essa historinha de querer inventar, criminalizar o crime de ódio é um artifício para censurar a mídia social. Essa mídia social me trouxe à presidência. Sem ela, não estaria aqui”, completou.

Bolsonaro se referiu à operação como “um dia triste”, mas disse que “será o último”.

“Mais um dia triste na nossa história, mas o povo tenha certeza. Foi o último dia triste. Nós queremos a paz, a harmonia, independência, respeito e democracia acima de tudo. A liberdade de expressão é algo sagrado entre vocês [imprensa] e também entre a mídia alternativa. Nós não podemos ficar apenas tendo a nossa disposição um lado, a mídia tradicional ou a mídia social, os dois lados vão conviver”.