Correio de Carajás

Bois Brilho da Noite e Flor do Campo enchem arena com a magia folclórica

Boi Flor do Campo em performance envolvente na arena junina de Marabá (Fotos: Ulisses Pompeu)

A arena do Bairro Santa Rosa foi palco, na noite desta quarta-feira, 26, de uma celebração cultural que arrancou suspiros e aplausos entusiásticos da plateia. Foram feitas as últimas apresentações de bois-bumbás que não decepcionaram: encantaram o público de todas as idades.

O Boi-Bumbá Brilho da Noite deu início ao espetáculo, adentrando a arena adornado com lantejoulas douradas sobre um corpo negro.

Boi Brilho da Noite também fez bonito na arena, com uma grande trupe para contar sua história (Foto: Ulisses Pompeu)

Soprando fumaça pelas narinas, o boi deu vida à mística magia do personagem, protegido por índias, sinhazinha, cazumbás e o pajé.  Sua presença misteriosa e reluzente encheu o bumbódromo de encanto, especialmente para as crianças presentes.

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A coreografia vibrante e as cores vivas em tons de verde, azul e vermelho, representadas pelas índias e demais personagens, causaram impacto ao ambiente, que se encheu de luz e movimento com as pinturas, babados, penas e batidas de tambores fortes.

Entre os destaques da noite estava o pajé, interpretado por Charles Tamashiro, que se apresentou com uma indumentária rica em detalhes: “Eu represento uma viagem do mundo real para o espiritual, uma busca por cura para o meu povo. Na batalha dos mundos, o pajé encontra ajuda no Gavião Real e, por isso, a indumentária personificando ambos”, explicou.

As penas foram trazidas de outras cidades e a estrutura da fantasia está avaliada entre R$ 4 a R$ 5 mil.

 

A MAGIA CONTINUA COM FLOR DO CAMPO

O Boi-Bumbá Flor do Campo não deixou por menos, entrando na arena com pinturas florais em branco e laranja, que encantaram a todos. A coreografia sincronizada refletiu a alegria e a sintonia com o batucar da marujada, que cantou e encantou à beira da Orla do Rio Tocantins.

Na arena, o boi ganhou vida através das danças incorporadas pelos brincantes, transformando a apresentação em uma celebração visual e corporal.

José Rodrigues, levantador de toada, compartilhou a paixão pela tradição. “Há 31 anos participo da brincadeira do boi, e pretendo continuar até quando tiver vida. O cansaço é exaustivo, mas faço com amor”, afirmou Rodrigues.

 

PROGRAMAÇÃO

A quinta noite de apresentações começou com a fofura dos grupos mirins Levada Louca e Arrastão do Amor, que conquistaram o coração da arquibancada. Em seguida, foi a vez das juninas do grupo B, Rei do Sertão e Balão Dourado, brilharem no palco. Para encerrar a festividade, as juninas do grupo A, Fogo no Rabo e Arrastão do Amor mantiveram o público até a madrugada com apresentações vibrantes. (Milla Andrade)