Correio de Carajás

Bluesky: conheça a rede que cresce após Twitter anunciar limite de leitura

Plataforma criada em 2019 era do Twitter e se tornou uma empresa independente em 2021. Desde o final de 2022, tem atraído pessoas descontentes com as mudanças promovidas por Elon Musk na rede social.

Bluesky Social — Foto: Reprodução

A rede social Bluesky (“céu azul”, em tradução direta) começou a chamar a atenção de mais gente no final de 2022. Junto com serviços como Mastodon e o Koo, a plataforma se beneficiou da insatisfação de muitos usuários com as mudanças feitas por Elon Musk no Twitter.

Desde sábado (1º), após Musk anunciar que usuários do Twitter teriam um limite temporário de leitura de posts, as buscas por Bluesky voltaram a crescer. A plataforma do “céu azul” chegou a suspender a criação de contas para lidar com “o grande fluxo de usuários e o aumento no tráfego”.

O Bluesky é uma rede social que tem um visual quase idêntico ao do Twitter. A diferença está no modo como ela foi desenvolvida: a nova plataforma tem uma estrutura descentralizada.

Em plataformas centralizadas como Twitter, Facebook e Instagram, o serviço é administrado por só uma empresa. Já o Bluesky é apenas um de vários espaços possíveis para se comunicar pelo padrão AT Protocol, com o qual outras pessoas poderão criar suas próprias redes sociais.

Na prática, a estrutura do Bluesky é parecida com a do e-mail, em que é possível enviar mensagens para uma conta do Gmail a partir do Outlook, por exemplo.

O AT Protocol cria um formato padrão de identidade de usuários, seguidores e dados em redes sociais, permitindo que os aplicativos e os usuários se movam livremente entre eles
— Bluesky, em comunicado sobre a rede social

Em termos de visual, o aplicativo do Bluesky é quase idêntico ao do Twitter. Ele permite postar “skeets” (a sua versão dos tuítes) com até 300 caracteres, seguir outras pessoas, além de curtir, comentar e compartilhar posts.

A linha do tempo é chamada de “skyline”. E as mensagens diretas (conhecidas como “DMs”) ainda não estão disponíveis.

Quem está por trás do Bluesky?

 

O Bluesky foi criado em 2019 como um produto do Twitter, mas virou uma empresa independente em 2021. O serviço foi uma aposta de Jack Dorsey, cofundador do Twitter e então presidente da rede social.

À época da criação do Bluesky, Dorsey disse que a ideia era que o Twitter se tornasse um serviço que usasse o padrão que viria a ser criado. No final de 2022, no entanto, a rede social, agora sob comando de Elon Musk, optou por romper a parceria que ainda mantinha com o Bluesky.

Como entrar no Bluesky?

 

Ao contrário de outras mídias sociais populares, o Bluesky ainda não está acessível para todos. Isso porque é preciso fazer um cadastro prévio e entrar na lista de espera, que tem mais de um milhão de candidatos, segundo a Forbes.

Depois, você precisa receber um convite de algum amigo que já está lá dentro. Os usuários recebem códigos de convite quinzenalmente, de acordo com a Reuters.

Apesar dessa limitação, o aplicativo já está disponível nas principais plataformas. Ele foi lançado em fevereiro de 2023 no sistema operacional iOS, da Apple. Donos de Android ganharam o app no final de março.

Quantos usuários eles têm?

 

Ainda não há um número atualizado, mas a empresa diz que “trouxe algumas centenas de testadores beta para o app em fevereiro”. Em entrevista à Bloomberg em abril, a CEO Jay Graber havia dito que a plataforma já contava com mais de 40 mil usuários.

“Planejamos expandir o sistema de convites a nosso critério de uma forma que preserve nosso foco no desenvolvimento de protocolos e crie uma rede onde conversas saudáveis possam acontecer”, diz a empresa em seu site.

(Fonte:G1)