Correio de Carajás

Blues, jazz e soul ditam o ritmo do segundo dia de apresentações do Marabá Jazz Festival

Grandes referências da música instrumental brasileira sobem ao palco do festival, neste sábado

Trombonista, Joabe Reis vem de São Paulo dividir seu talento com o público paraense/ Foto: Felipe Romão

No segundo dia de programação, o Marabá Jazz Festival 2023 abre os braços para receber três grandes nomes da música instrumental brasileira que se apresentarão pela primeira vez para o público da Região de Carajás, neste dia 12 de agosto. Reunindo influências do melhor do blues, do jazz e do soul, o trombonista Joabe Reis, o guitarrista Nuno Mindelis e o contrabaixista Celso Pixinga sobem ao palco do Carajás Centro de Convenções, em Marabá, a partir das 20h para mais uma noite de três shows memoráveis. O Marabá Jazz Festival conta com patrocínio do Instituto Cultural Vale, via Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Em meio ao lançamento do segundo álbum de sua carreira, o trombonista, produtor musical e compositor capixaba Joabe Reis chega ao Marabá Jazz Festival abrindo a programação de sábado (12). Na primeira vez que o músico se apresenta no Estado do Pará, o público da Região de Carajás terá o privilégio de contemplar, ao vivo, o mais recente trabalho do instrumentista, o álbum “028”. “Estou muito feliz de poder levar pela primeira vez o meu sexteto, ainda mais com esse repertório do meu novo álbum ‘028’, um álbum que eu vou estar lançando em agosto, no mês que eu estarei em Marabá, no festival”, comemora.

Joabe iniciou sua trajetória na música ainda em seu município de origem, em Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo. Local, onde, inclusive, ele teve o primeiro contato com o instrumento através da banda de sua igreja, a Banda Marcial. Ainda aos 14 anos mudou-se para Vitória, dando início aos primeiros trabalhos profissionais de gravação que não pararam mais. Em 2013 mudou-se mais uma vez, agora para São Paulo, onde pôde cursar bacharelado em trombone popular e onde, a partir de então, já teve a oportunidade de atuar como trombonista, arranjador ou produtor de artistas como Ivan Lins, Hamilton de Holanda, Toninho Horta, Ed Motta, entre tantos outros grandes nomes da música brasileira e internacional.

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No show que traz a Marabá, parte dessa trajetória é contada no palco, sem deixar de fazer referência ao local onde todo esse talento se originou. “É um show muito especial porque oito músicas desse show levam nomes de bairros nos quais eu cresci na minha cidade natal, que é Cachoeiro de Itapemirim, e eu estou com a expectativa muito alta e feliz de cada vez mais o meu som estar chegando a outros Estados fora de São Paulo, que é onde eu moro hoje”, aponta. “Vai ser, com certeza, muito divertido fazer esse show em Marabá”.

As referências da juventude e parte da sua própria trajetória na música também acompanham o guitarrista Nuno Mindelis no palco do Marabá Jazz. Através da sua guitarra, Nuno conta que já teve a oportunidade de chegar a diferentes países do mundo e, desta vez, o instrumento adotado para a vida o leva pela primeira vez até o Estado do Pará. “Eu considero isso uma grande dádiva na minha vida, o fato da minha música, da minha guitarra ter me levado a tantos lugares diferentes, à Europa, aos Estados Unidos, à África, então, para mim, é sempre uma enorme alegria e um orgulho poder fazer parte de eventos em tantos lugares diferentes”, considera. “É a primeira vez que eu vou tocar em Marabá, nunca toquei no Pará. Isso dá um toquezinho diferente na nossa expectativa. É legal conhecer, pessoalmente, os curtidores do gênero em Marabá. Cada lugar que a gente vai, existem as plateias e cada uma tem as suas especificidades”.

Nuno Mindelis é guitarrista e será a segunda atração deste sábado

Na expectativa para encontrar e trocar boas energias com os amantes do jazz, do blues, do soul e do rock que habitam em Marabá e região, Nuno conta que pretende passear pelos temas de discos que lançou ao longo da vida, como algumas músicas dos álbuns que fez com a lendária banda Double Trouble, do ícone Stevie Ray Vaughan. Mas ele alerta que tudo pode mudar até a hora de pisar no palco. “Normalmente eu decido o que vai acontecer na hora do show, acredite se quiser, inclusive em função da plateia. Você olha para a plateia e aquilo demanda uma coisa ou outra, isso acontece muito”.

Além de temas de seus próprios discos, o guitarrista não descarta a possibilidade de surgir ali, em meio ao público do Marabá Jazz, clássicos de seus grandes heróis, como o grande Jimi Hendrix, por exemplo. Vai ser preciso estar lá, para ver e ouvir. “Todo show, para mim, é como um primeiro show, então, a expectativa é das mais altas, sempre, mas com uma expectativa aumentada pelo fato de se tratar de um festival de jazz cuja primeira edição elencou nomes que eu tenho como alguns dos maiores nomes do instrumental brasileiro. Então, é uma expectativa alegre, feliz e ansiosa, ao mesmo tempo com bastante responsabilidade e com muita gratidão pela lembrança do meu nome para fazer parte desse casting de quilate. Estou muito feliz em poder tocar em Marabá, especialmente no Marabá Jazz”.

A realização da segunda edição do Marabá Jazz Festival culminou exatamente com a celebração dos 43 anos de carreira do contrabaixista, compositor, arranjador, diretor musical e educador Celso Pixinga. E em meio a essa comemoração, quem sai ganhando é o público da Região de Carajás, que poderá acompanhar de perto um repertório que traz um apanhado de todos os trabalhos do artista, transitando pelo jazz, samba, funk fusion e música brasileira. “Calhou que, neste ano, eu estou comemorando 43 anos de carreira e 42 discos lançados. Vai ser um show de levantamento da minha carreira”.

Com uma trajetória permeada por parcerias que marcaram a história da música instrumental brasileira, ao longo de sua carreira Pixinga já teve o privilégio de acompanhar ícones como Gal Costa, Evandro Mesquita, Jane Duboc, Wanderléa, entre outros grandes nomes. Na música instrumental, também tocou com artistas internacionais como Dave Weckl, Gonzalo Rubalcaba, Victor Wooten, Michael Manring, Vojtek Pilichovisk, Steve Bailey e outros. Em meio a uma produção tão rica, ainda encontrou o caminho da área educacional, na qual trabalhou por 15 anos, lecionando música.

O contrabaixista Celso Pixinga sobe ao palco às 22h30 e fecha a noite de hoje/ Foto: Andrea Janes

Agora, neste sábado (12), o músico que já foi reconhecido pela crítica especializada como o baixista com o slap mais rápido do mundo chega à cena musical de Marabá pela primeira vez. “Eu estive em Belém, mas em Marabá é a primeira vez. Eu fico muito contente de onde a minha música chegou”, conta. “A expectativa é sempre prazerosa e como eu sempre fiz música instrumental, isso para mim é demais, é uma glória”.

Sobre o Marabá Jazz Festival

O Marabá Jazz Festival realizou a sua primeira edição em maio de 2022, se firmando como um dos maiores festivais de música instrumental da Amazônia, sediado em Marabá. Em agosto deste ano, o festival chega à segunda edição, levando ao público da Região Carajás mais uma amostra do que de melhor vem sendo produzido no cenário da música instrumental brasileira. Com uma programação inteiramente gratuita e acessível, o Marabá Jazz Festival conta com patrocínio do Instituto Cultural Vale, via Lei Federal de Incentivo à Cultura.

 

Serviço

O quê? Marabá Jazz Festival 2023

Quando? Dias 11, 12 e 13 de agosto.

Onde? Carajás Centro de Convenções – Marabá (PA).

 

 

Programação

Sábado, 12 de agosto de 2023

20:00 às 21:00 – Joabe Reis (Trombonista, produtor musical e compositor. Natural de Cachoeiro de Itapemirim-ES, radicado em São Paulo-SP).

21:15 às 22:15 – Nuno Mindelis (Guitarrista. Natural de Cabinda, Angola. Radicado em São Paulo-SP)

22:30 às 00:00 – Celso Pixinga (Contrabaixista. Natural de São Paulo-SP)

Domingo, 13 de agosto de 2023

18:00 às 19:00 – Dauro Remor (Violonista e compositor. Natural de Joaçaba-SC, radicado em Marabá-PA)

19:15 às 20:15 – Suka Figueiredo (Saxofonista, compositora e produtora musical. Natural do Rio de Janeiro-RJ, radicada em São Paulo-SP)

20:30 às 22:00 – Nilze Carvalho (Compositora e multi-instrumentista. Natural do Rio de Janeiro)

Informações

Jackson Gouveia – Cel: 94 98153-7452

Letícia Medeiros – Cel: 94 98441-0134

theroqueproducoes@gmail.com

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Texto: Cintia Magno