Correio de Carajás

Blue Origin tenta no domingo levar turistas ao espaço

Falha em foguete da Blue Origin, em missão realizada em setembro de 2022 — Foto: Reprodução/Blue Origin

A Blue Origin, empresa de foguetes do bilionário Jeff Bezos, deve voltar a fazer um voo com tripulantes após quase dois anos. A missão foi marcada para este domingo (19), às 10h30 (horário de Brasília).

Batizada de NS-25, a missão marcará o retorno de missões tripuladas com a nave New Shepard. A empresa levará seis pessoas ao espaço em um voo que deve durar cerca de 10 minutos.

O último voo tripulado da Blue Origin aconteceu em agosto de 2022. Um mês depois, um foguete da empresa caiu por conta de uma falha logo após o lançamento. A nave não estava tripulada e não houve feridos, segundo a companhia.

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Um novo voo só foi feito em dezembro de 2023, ainda sem passageiros. Agora, a Blue Origin deve realizar sua sétima missão tripulada. Saiba mais sobre a missão NS-25.

Como será o voo?

 

Como em suas missões anteriores, a Blue Origin planeja fazer um voo suborbital, em que o objetivo é fazer a nave superar a Linha de Kárman, a 100 quilômetros de altitude, tratada por convenção como o início do espaço.

O trajeto dura cerca de 10 minutos e, em um trecho, a tripulação pode experimentar a sensação de gravidade zero. Este será o 25º lançamento de um foguete da Blue Origin e o 7º com passageiros.

Quem são os passageiros?

 

O voo terá seis passageiros, a lotação máxima da New Shepard. No comunicado sobre os tripulantes, a Blue Origin destacou a presença de Ed Dwight, o primeiro negro a ter se candidatado a uma vaga como astronauta nos Estados Unidos.

Ele fez o treinamento da Força Aérea dos EUA e, em 1963, chegou a ser recomendado à Nasa, agência espacial americana, mas não foi selecionado para o cargo.

Com 90 anos e 8 meses, Dwight também poderá ser tornar a pessoa mais velha a chegar ao espaço. O recorde é de William Shatner, ator que interpretou Capitão Kirk em “Jornada nas Estrelas” (“Star Trek”) e foi ao espaço com 90 anos e 6 meses.

Os outros tripulantes da NS-25 são os empresários Mason Angel, Sylvain Chiron e Kenneth L. Hess, a contadora aposentada Carol Schaller e o piloto de aviões Gopi Thotakura.

Passageiros da missão NS-25, da Blue Origin — Foto: Divulgação/Blue Origin
Passageiros da missão NS-25, da Blue Origin — Foto: Divulgação/Blue Origin

Por que os voos tinham sido suspensos?

 

As missões da Blue Origin foram suspensas por conta de um acidente em um voo sem tripulantes. Em setembro de 2022, um foguete da empresa caiu um minuto depois da decolagem.

A falha aconteceu quando o foguete estava próximo de atingir a pressão máxima, também conhecida como “Max-Q”. A nave voava a 1.126 km/h, a 8.500 metros de altitude.

A Blue Origin disse, na ocasião, que houve uma “falha no mecanismo de impulsão” do foguete. Devido ao problema, a cápsula (a parte superior do veículo) foi ejetada e ficou intacta para uma aterrisagem forçada, como previsto em situações como essa.

A Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA, na sigla em inglês) determinou que a empresa investigasse o caso. E, em setembro de 2023, informou que ela não poderia retomar seus voos até fazer 21 correções no foguete New Shepard.

Lançamento do foguete New Shepard, da Blue Origin, em agosto de 2022 — Foto: Divulgação/Blue Origin
Lançamento do foguete New Shepard, da Blue Origin, em agosto de 2022 — Foto: Divulgação/Blue Origin

Segundo a FAA, a investigação apontou para uma falha no bocal do motor do foguete, causada por temperaturas mais altas do que o esperado no equipamento. Por isso, a Blue Origin deveria redesenhar componentes do motor e do bocal.

A empresa fez as correções e voltou a fazer um lançamento em dezembro de 2023. A missão não teve tripulantes e só levou ao espaço cargas de ciência e pesquisa e milhares de cartões postais criados por estudantes.

(Fonte:G1)