O bloqueio da ponte rodoferroviária sobre o Rio Tocantins, em Marabá, nesta manhã, sexta (18), terminou causando incômodo no Terminal Rodoviário da Folha 32, na Nova Marabá, em decorrência do atraso em embarques. O passageiro Robson Moraes procurou o Portal Correio de Carajás para reclamar da postura da empresa Viação Boa Esperança diante do ocorrido.
Ele relata que desembarcou no aeroporto de Marabá, vindo do Rio de Janeiro, e pretendia embarcar para Ourilândia do Norte, onde mora, às 8 horas. Três horas depois, entretanto, continuava aguardando e com poucas informações acerca de como seria solucionada a questão.
“Sabemos que imprevistos acontecem e o que houve na ponte está alheio à administração da Boa Esperança, porém ela precisa ter um plano de contingência. Não pode deixar, simplesmente, os passageiros no salão da rodoviária sem pelo menos ter alguém responsável por repassar informações”.
Leia mais:De acordo com ele, de tempo em tempo, os passageiros é que precisavam se deslocar até o guichê para tentar descobrir algo. “A gente que vai perguntar informação e recebe de forma evasiva, ligando pra motorista do ônibus dar informação. Não existe isso. Entendo que não se consegue ter carro reserva para situações diferentes, mas precisa dar ao menos uma satisfação”, diz.
Conforme o passageiro, no guichê foi informado que pelo código da Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos do Estado do Pará (Arcon) o passageiro teria que esperar até três horas e, a partir disso, a empresa teria a obrigação de tomar providência. “Mas tem passageiro que está aqui há mais de cinco horas, estou aqui há três horas, assim como teve passageiro que esperou menos tempo e recebeu o valor da passagem de volta. Então qual o critério utilizado? Se é a Arcon então tem que ser o mesmo pra todo mundo. Se o direito é de um é de todos”, reclama.
Robson acrescenta que não conseguiu localizar responsável pela Arcon e nem outro órgão de defesa dos direitos do consumidor na rodoviária “Todo mundo aqui paga taxa de embarque, fica o valor aqui para a manutenção, mas também deveria haver para defesa ao consumidor. Se não fosse bom para a Boa Esperança já teria saído do mercado. Ela explora o transporte intermunicipal aqui há anos, tivemos aumento de mais de 10% do valor das passagens, sabendo que a inflação acumulada foi de 3.17%. Quem fiscaliza isso?”, questiona.
Após a abertura da ponte, por volta das 11 horas, Robson foi informado que antes do ônibus chegar ao terminal ainda passaria pela garagem para abastecimento e limpeza. “Estou acostumado a viajar para Marabá e todas as vezes colocam passageiros para dentro do ônibus e vai para a garagem e quando sai ainda vai para posto abastecer com passageiro dentro, isso é inadmissível. Até o momento não sei que horas vou embarcar”, encerrou.
A Reportagem conversou com um atendente no guichê. Ele informou não ter autorização para conceder entrevista, mas disse que o ônibus em questão chega de Belém e faz apenas embarque em Marabá. Acrescentou que a empresa estava tentando encontrar a melhor solução para embarcar os passageiros e não havia condições de se colocar um carro extra para dois passageiros. Disse, por fim, que nenhuma empresa possui sala de espera no terminal. O Portal tenta contato com assessoria da Boa Esperança.
Um e-mail também foi enviado à ouvidoria da Arcon, mas até o momento não foi respondido. (Luciana Marschall – com informações de Josseli Carvalho)