Um bebê fruto de um útero transplantado nasceu sem estar em um programa de estudos clínicos. A Universidade do Alabama em Birmingham (UAB), nos Estados Unidos, anunciou sobre o parto realizado em maio, nesta segunda-feira (4). As informações são do g1.
No Brasil, a técnica já havia sido utilizada por médicos brasileiros do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, em 2017. Mallory, que preferiu não divulgar o sobrenome, teve seus resultados comemorados pela equipe médica.
“Este nascimento é uma evidência que nos assegura que esta tecnologia emergente – esta terapia inovadora –, que é necessária há tanto tempo, realmente, realmente funciona”, disse Paige Porrett, diretora no Comprehensive Transplant Institute da UAB.
Leia mais:Conforme a UAB, a infertilidade do fator uterino pode afetar até 5% de mulheres em idade reprodutiva. “Nosso objetivo e sonho para este programa são tornar esta rotina para mulheres que querem vivenciar a gravidez e o parto, mas não podem por diversos motivos de saúde”, disse Anupam Agarwal, vice-presidente da UAB e reitor da Heersink School of Medicine.
A criança nasceu em maio de 2023, contudo o processo de transplante de útero de uma doadora falecida até o parto durou cerca de 18 meses.
MAYER-ROKITANSKY-KÜSTER-HAUSER
A mãe da criança foi diagnosticada aos 17 anos com a síndrome de Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser. A condição é rara e a fez nascer sem útero. A primeira filha de Mallory foi fruto de barriga de aluguel, com a ajuda da irmã.
“Eu entendi que ‘ok, não poderei carregar meus próprios filhos’; mas, para mim, sempre parecia que faltava algo”, disse.
(Diário do Nordeste)