Correio de Carajás

Bebê de 1 ano morre após contrair metapneumovírus, no Paraná

Identificado no Brasil pela primeira vez em 2004, o metapneumovírus humano também está por trás da recente alta de casos de infecções respiratórias no norte da China e tem chamado a atenção das pessoas em todo o mundo, nas últimas semanas.

Cresce o número de casos por HMPV — Foto: Getty Images

Uma bebê de 1 ano e 2 meses, de Renascença, no Paraná, morreu após contrair metapneumovírus humano (HMPV), em dezembro. A causa da morte da menina já estava sendo investigada pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesa). Em nota enviada à CRESCER, a Sesa afirmou que a menina apresentou resultado detectável para metapneumovírus. A confirmação foi realizada pelo Laboratório Central do Estado (LACEN-PR), nesta sexta-feira (10).

“A paciente foi diagnosticada com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no início de dezembro e recebeu atendimento no Hospital Regional do Sudoeste Dr. Walter Alberto Pecóits. Apesar dos esforços médicos, evoluiu a óbito em 13 de dezembro de 2024”, disse a nota.

O metapneumovírus humano (HMPV) ganhou os noticiários nas últimas semanas já que está por trás da recente alta de casos de infecções respiratórias no norte da China, sobretudo entre crianças. Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) do país, no entanto, a magnitude e a intensidade das infecções registradas ao longo do último mês foram menores do que as registradas no mesmo período do ano passado.

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Vale destacar que o HMPV não é um novo vírus. Os surtos de metapneumovírus ocorrem principalmente no inverno — estação que atualmente predomina no hemisfério norte.

Embora chame a atenção, Renato Kfouri, infectologista, pediatra e colunista da CRESCER, afirma que não é preciso entrar em pânico em relação ao HMPV. “Morte por metapneumovírus tem todo ano, não acende nenhum alerta diferente”, ressalta.

O que significa HMPV?

 

Segundo informações da Sesa, o metapneumovírus humano (HMPV) é um vírus respiratório comum, que pode causar infecções das vias respiratórias superiores e inferiores. Ele pertence à família Pneumoviridae, assim como o vírus sincicial respiratório (VSR). De acordo com Kfouri, é um vírus que provoca doenças respiratórias muito frequentes.

Embora seja comumente associado a quadros leves semelhantes aos da gripe, em alguns casos pode evoluir para formas graves, como SRAG. Identificado no Brasil pela primeira vez em 2004, o HMPV registrou mais de mil casos no Paraná no ano passado, de acordo com a Sesa.

Sintomas de HMPV

 

Os principais sintomas de HMPV incluem:

  • Tosse
  • Febre
  • Congestão nasal
  • Falta de ar

 

Nos casos mais graves, a infecção pode evoluir para complicações como bronquite ou pneumonia, especialmente em crianças, cujo sistema imunológico é menos desenvolvido. O período de incubação do vírus geralmente varia entre 3 e 6 dias.

Como prevenir o vírus HMPV

 

Para evitar a propagação do vírus HMPV, é preciso adotar algumas práticas de higiene como:

  • Lavar as mãos com água e sabão por pelo menos 20 segundos.
  • Não tocar os olhos, nariz ou boca com as mãos sujas.
  • Não compartilhar objetos como copos e talheres com outras pessoas.
  • Evitar contato próximo com pessoas com sintomas gripais.
  • Pacientes infectados devem cobrir a boca e o nariz ao tossir e espirrar e evitar sair de casa.

 

Além disso, a vacinação é a principal estratégia para prevenir complicações relacionadas a vírus respiratórios. Embora não existam vacinas contra o HMPV, os imunizantes contra a Covid-19 e Influenza, disponíveis gratuitamente no SUS, são eficazes na proteção contra formas graves de doenças respiratórias, contribuindo para a redução de hospitalizações e óbitos.

(Fonte:G1/ Crescer)