Corrida contra o tempo e a favor da vida. É esse o dilema de Antônio Maciel de Freitas e Maria de Fátima Gomes Araújo, pais de um bebê que nasceu no dia 30 de julho último e que está com a vida por um fio. O casal estava esperando nascer o quinto filho deles, realizando todos os acompanhamentos necessários (inclusive pré-natal) sendo informados que o rebento poderia a vir com problemas de saúde.
Com o nascimento, a suspeita médica se conformou. Mesmo assim, os pais não deixaram de amar Mateus, nome dado para o bebê ao nascer prematuro ao sétimo mês de gestação.
Mateus foi diagnosticado com malformação congênita do aparelho digestivo. Assim como os médicos do pré-natal previram, foi necessário entubá-lo e sedá-lo, porque não consegue mamar e todos os alimentos necessários são feitos via soro, pois, o estomago rejeita qualquer alimento.
Leia mais:Os pais foram informados que Mateus pela equipe médica do Hospital Materno Infantil (HMI) que a situação é crítica e de extrema urgência. O bebê necessita ser transferido para um hospital de referência, pois, é necessário realizar uma cirurgia bastante delicada e especializada.
Temendo pela vida de seu filho e que seja tarde demais para o caçula da família, ele já procurou ajuda de todas as formas, indo para o Ministério Público Estadual, para tentar celeridade na regulação do Estado e encontrar um leito de UTI Neonatal em que possa recebido. Mais delicado ainda é que Mateus só pode ser transferido para outra cidade por UTI aérea, pois, as condições em que ele se encontra é muito crítica.
Antônio Maciel, que é padeiro, mora na Vila Ponta de Pedras, no município de São João do Araguaia, e há mais de 20 dias vem diariamente para ver o bebê no horário de visitas no HMI, às 16 horas. “Nós amamos essa criança. Os médicos disseram que ser ele não for operado com urgência, corre risco de morte”, lamentou.
E foi depois de percorrer vários órgãos e autoridades, ele veio à Redação do GRUPO CORREIO DE COMUNICAÇÃO para realizar um clamor a quem pode ajudá-lo na regulação. “Eu já corri para tudo quanto é canto para conseguir ajuda. O Ministério Público disse que o que tinha de fazer já foi feito e nós estamos esperando o resultado deles”, desabafou.
VERSÃO DA PREFEITURA
A Reportagem do CORREIO entrou em contato com a Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Marabá para saber se é possível dar celeridade à transferência do recém-nascido. Em nota, a Ascom informou o seguinte: “O paciente se encontra regulado para hospital apto ao tratamento no município de Belém, sendo que a equipe médica do Hospital Materno Infantil (HMI) realiza diariamente a atualização do quadro clínico do paciente. A autorização de leito ao paciente cabe à Central de Regulação do Estado do Pará.
O município está agindo para manter em segurança a criança, mas para transferir para uma unidade que possa fazer o tratamento ideal, depende do outro lado da ponta, que é a Central de Regulação solicitação de internação do Estado”. (Henrique Garcia e Ulisses Pompeu)