Correio de Carajás

Bartolomeu Chaves se joga na chegada e leva prata nos 400m do atletismo

Passarinho, como é conhecido o brasileiro, voa para seu primeiro pódio em Jogos Paralímpicos

Bartolomeu Chaves, o Passarinho, nas Paralimpíadas de Paris — Foto: Wander Roberto/CPB

Bartolomeu Chaves precisou se jogar na linha de chegada dos 400m T37 – classe do atletismo para pessoas com paralisia cerebral. Nesta quarta-feira, o brasileiro de 23 anos, conhecido como Passarinho, se lançou para conquistar a prata nas Paralimpíadas de Paris. Ele ficou atrás apenas do russo Andrei Vdovin, que se sagrou bicampeão da prova.

– Dei tudo o que eu tinha. Eu me joguei. Foi f***. Deu certo. Primeira medalha. Melhorei minha marca. Estou muito feliz. Significa muito essa medalha. Achei que nem ia medalhar, porque cheguei à aclimatação em Troyes com o joelho inflamado, treinei só quatro dias lá, mas o CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro) cuidou bem de mim. Fiz o impossível. Tô sem acreditar ainda – disse Passarinho.

Na final desta quarta-feira, Passarinho voou na primeira metade da prova. Só que o Vdovin, recordista mundial da prova, cresceu na reta final para faturar o bi paralímpico, com 50s27. O brasileiro bateu a melhor marca da carreira, com 50s39, e segurou a prata. O tunisiano Amen Allah Tissaoui atacou nos metros finais e ficou com o bronze, com 50s50, recorde africano.

Leia mais:

Bartolomeu começou no atletismo paralímpico na classe T20, para pessoas com deficiência intelectual. Ele, porém, foi reclassificado para a classe T37, para pessoas com paralisias cerebrais e cresceu nos últimos anos. Foi campeão dos 400m no Mundial deste ano e bronze no do ano passado.

Brasileiros avançam às finais

 

Nas classificatórias dos 100m T36 (classe para pessoas com paralisia cerebral), Verônica Hipólito ficou em segunda lugar da primeira bateria e avançou à final com a terceira melhor marca: 14s38. Ela vai ter a companhia de Samira Brito, que foi a segunda colocada da segunda bateria e acabou na sétima posição, com 14s86. A decisão vai ser ainda nesta quarta, às 14h04 (de Brasília).

Nas classificatórias dos 100m T53 (classe para pessoas que competem em cadeira de rodas), Ariosvaldo Silva, o Parré, venceu sua bateria e avançou à final com o terceiro melhor tempo geral, com 15s19. Ele disputa a medalha ainda nesta quarta-feira, às 14h14 (de Brasília).

Mais resultados brasileiros da manhã de quarta-feira

 

No arremesso do peso F46 (classe para pessoas com deficiências nos membros superiores), Suzana Nahirnei terminou na quinta posição. A brasileira conseguiu 11,43m na quinta tentativa e acabou na quinta posição. A americana Noelle Malkamaki confirmou o favoritismo e quebrou o recorde mundial da prova, com 14,06m. A ucraniana Mariia Shpatkivska ficou com a prata com 12,35m, recorde europeu. A neozelandesa Holly Robinson completou o pódio com 11,88m.

No lançamento de dardo F34 (classe para pessoas com paralisia cerebral que competem em cadeira), Eduardo Pereira foi o oitavo colocado, com 25,12m, longe do pódio. O iraniano Saeid Afrooz bateu o recorde mundial para faturar o bi da prova, com 41,16m. Os colombianos Mauricio Valencia (39,04m) e Diego Medina (17,17m) completaram o pódio.

Nas classificatórias dos 100m T11 (classe para pessoas com deficiência visual total), dois brasileiros ficaram fora das semifinais. Felipe Gomes correu para 11s69 e por um centésimo de segundo acabou eliminado na 13ª posição. Daniel Mendes foi o 14º colocado, com 11s73.

Nas classificatórias dos 100m T54 (classe para pessoas que competem em cadeira de rodas), Jessica Giacomelli fez a melhor marca da carreira com 17s04, mas acabou na 11ª posição, fora da final.

Na semifinal dos 400m T12 (classe para pessoas com baixa visão), Marcos Vinicius Oliveira ficou na quinta posição, a um posto da vaga na final. Ele completou a prova em 50s42, quatro décimos atrás do turco Oguz Akbulut.

(Fonte:G1)