Correio de Carajás

Avó de estudante morto na escola cobra Justiça

Maria da Silva, avó de Kaleby: “Era um menino cheio de vida, cheio de sonhos”

Maria da Silva Santos, avó de Kaleby Medeiros Rocha, disse ter ficado sabendo do acidente com o neto porque a mãe dele, Elkiane Beatriz Santos Rocha, que está na cidade, telefonou informando que o garoto tinha levado um choque elétrico na Escola Adão Machado. Na Vila Três Poderes.

“Em nenhum momento, alguém da escola me avisou ou ligou pra mãe. Só depois que ficamos sabendo por terceiros foi que eles entraram em contato com a gente”, relata, ao acrescentar que a mãe de Kaleby está grávida, prestes a dar à luz em um hospital da cidade.

Kaleby era o primeiro filho de Elkiane. Na foto durante o aniversário dele

Ela reclama do tratamento dado às crianças em uma escola que está passando por reforma. “Eu não acho que as crianças devam estar na sala de aula com a escola em reforma, porque tem muito fio exposto…Eu quero justiça”, afirma, ao acrescentar: “O Kaleby era tudo pra mim”.

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“Era um menino cheio de vida, cheio de sonhos, tinha a vida inteira pela frente, era saudável. Agora estamos todos arrasados”, declarou, enquanto aguardava pela liberação do corpo do neto no Instituto Médico Legal (IML).

Vídeo mostra gambiarra

Um morador da Vila três Poderes enviou um vídeo que mostra possível descaso na Escola Prof. Adão Machado, onde um estudante de 10 anos morreu eletrocutado. O vídeo mostra um ventilador pendurado na grade da quadra, com um fio da ponta descascada balançando, sem nenhum tipo de proteção, um improviso bastante rudimentar que pode ter custado a vida do pequeno Kaleby Medeiros Rocha.

Enquanto isso, algumas perguntas continuam sem resposta, como por que foram improvisadas salas de aula na quadra de esportes durante a reforma, ao invés de alugar outro prédio? Ou mesmo por que essa reforma não foi feita um mês atrás durante o período de férias escolares?

Esses questionamentos foram feitos à Secretaria Municipal de Comunicação (Secom), que informou estar “apurando” a situação.

(Chagas Filho e Evangelista Rocha)