Correio de Carajás

Avião da FAB soma forças no combate às queimadas na Floresta de Carajás

Uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) começa a ser empregada nesta quinta (10) no combate às queimadas que atingem a Floresta Nacional dos Carajás, em áreas de Parauapebas e Canaã dos Carajás, no sudeste paraense. A Aeronave C-130 HÉRCULES partiu da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, e pousou no final da tarde desta quarta (9) no Aeroporto de Carajás, em Parauapebas.

Homens da 23ª Brigada de Infantaria de Selva (23ª Bda Inf Sl) estão no local há quase 45 dias realizando atividades no contexto da Operação Verde Brasil 2, desencadeada em 11 de maio de 2020 para executar ações preventivas e repressivas, contra delitos ambientais, direcionadas ao desmatamento ilegal e focos de incêndio na Amazônia Legal.

Conforme o Exército Brasileiro, militares do 52º Batalhão de Infantaria de Selva (52º BIS), sediado em Marabá, chegaram na floresta no dia 29 de julho para apoiar o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), responsável pela unidade de conservação.

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Ainda segundo o EB, o envio da aeronave foi solicitado pelo Comando Conjunto do Norte (C Cj N), sediado em Belém-PA, para a Força Aérea Brasileira (FAB) com o objetivo de intensificar o combate ao fogo.

A C-130 HÉRCULES é uma aeronave de grande porte, dotada de quatro motores, capaz de pousar ou decolar em pistas pequenas ou improvisadas, e que foi projetada para realizar o transporte de tropas e cargas, sendo amplamente utilizada por várias forças armadas em todo o mundo, conforme explica o Exército Brasileiro.

Ela utiliza o Sistema de Combate a Incêndio Modular Airborne Fire Fighting System (MAFFS) que conta com dois tubos que projetam água pela porta traseira do avião a uma altura aproximada de 150 pés – cerca de 46 metros. Possui capacidade de lançamento de até 12 mil litros de água, sendo muito útil para o combate a incêndios de grandes proporções ou em áreas de difícil acesso.

A Floresta de Carajás, que abriga grande projeto de mineração, foi criada em 1998 e tem área total de aproximadamente 400 mil hectares abrangendo Parauapebas, Canaã dos Carajás e Água Azul do Norte. Além da grande riqueza mineral, a unidade abriga diversas espécies da flora e da fauna amazônicas. (Luciana Marschall)