Para os organizadores, a 1ª Cãominhada de Marabá foi um sucesso. O evento aconteceu na manhã do último domingo, 3, na Avenida Tocantins, Bairro Novo Horizonte, e foi organizada pela ONG Focinhos Carentes. Reuniu cães grandes e pequenos, valentões e dóceis, peludos e pelados de várias raças – de Vira-lata ao caríssimo Golden.
Segundo os organizadores, a 1ª Cãominhada foi um sucesso de arrecadação de rações para o abrigo da ONG Focinhos Carentes. Muitos animais terão alimento para as próximas semanas e de ótima qualidade. Ao fazer a inscrição, os convidados doaram ração para os animais da ONG. Mesmo após a caminhada, outras pessoas podem contribuir, doando rações para cães ou gatos, sacos de lixo preto de 50 litros, detergente, sabão em pó, algodão, luvas não cirúrgicas etc.
Entre Marley & Dara
Leia mais:Entre os cãominhadores do evento, Marley chamava a atenção pelo tamanho e belo pelo longo, da cor de ouro. De fato, a cor do pelo deu origem ao nome da raça (Golden). O dono, Márcio Marinho, disse que ele pesa 39 quilos, tem um ano e oito meses de idade e é bastante dócil.
Indagado sobre o preço daquele cachorro que ostentava na Cãominhada, Marinho revelou que o comprou ainda filhote, em Belém, pela “pechincha” de R$ 3.000,00. Ele se parece muito com o Labrador e, segundo um site especializado na raça, ocupa o quarto lugar no ranking dos cães inteligentes. Todavia, a expectativa de vida não é tão alta. Varia entre 10 a 13 anos.
Um dos poucos vira-latas presentes à caminhada, Dara era acompanhada por Jacqueline Chagas e Victor Valença, seus donos. Eles disseram que não gastaram nada para conquistá-la, ainda filhote (fez um ano em agosto). “Ela foi de graça. Nós a adotamos. Ela e mais 8 “irmãos” foram abandonados na porta de uma menina na Folha 27. A garota divulgou num desses grupos do Facebook, eu vi, mostrei ao Victor e fomos lá buscar nossa monstrinha”, brinca Jacque.
Dara tem uma história de superação. Depois de três meses, o casal, que não tem filhos, percebeu que a cadela estava infectada com leishmaniose visceral e o custo dela aumentou consideravelmente. Reconhecem que o tratamento foi caro, continua tomando uma medicação que terá de ser até o fim da vida. “Nos últimos dois meses ela teve uma recaída por conta da doença do carrapato. Apesar de sempre cuidar direitinho dela, dar os remédios contra pulga, carrapato e demais vitaminas, ela fica a maior parte do tempo no quintal, então acabou pegando a doença. Nas duas últimas visitas ao veterinário, gastamos R$ 800,00 entre consulta e os medicamentos”, conta.
O custo com ração não é alto, chegando a R$80 por mês, mas o casal sempre oferece a Dara outros mimos, como sachês e petiscos. “Ela substitui um filho nos quesitos carinho, diversão e investimento. Tem horas que eu e Victor brincamos: ‘Pra que filhos? Já temos a Darinha”, sorri a jornalista carioca que no final deste ano vai embora para Florianópolis.
Mas o evento serviu também para alertar os donos de cães sobre o perigo da leishmaniose visceral, doença que se espalhou por milhares de cães em Marabá e foi responsável pela morte de mais de mil deles só no ano passado, além de passar para humanos, que também faleceram.
A médica veterinária Karine Pimenta, da Casa da Ração, disse que ficou surpresa com a grande quantidade de participantes da Cãominhada e os 200 kits preparados para os participantes acabaram antes do que estava previsto.
Ela disse que um grupo de veterinários estava no evento para tirar dúvidas dos donos de cães sobre leishmaniose visceral e outras doenças, além de orientar sobre questões específicas de seus animais. “Marabá é região endêmica para leishmaniose visceral e os donos precisam estar conscientes sobre o que precisam fazer para proteger seus amigos de quatro patas. “Orientamos sobre o uso da coleira, realizar sorologia, vacina e, caso o resultado dê positivo, não é o fim do mundo, porque há tratamento, já liberado pelo governo”.
Todavia, a veterinária reconhece que o governo municipal não tem condições de comprar medicação para toda a população canina do município, estimada em 40 mil cães. O tratamento varia entre R$ 1.000,00 a R$ 2.000,00 (dependendo do tamanho do animal) e, por enquanto, está disponível apenas em clínicas veterinárias.
O evento foi marcado também por instruções sobre como conduzir um cão em local público e regras de bom relacionamento com o animal. As dicas foram repassadas pelos adestradores Cabo do EB Paulo Rossy do 1º GAC/Selva; Cabo PM Deidi Freitas, do CPR II; e soldado do EB Lucivaldo Cardoso de Sousa, do 23º Blog. (Ulisses Pompeu)
Para os organizadores, a 1ª Cãominhada de Marabá foi um sucesso. O evento aconteceu na manhã do último domingo, 3, na Avenida Tocantins, Bairro Novo Horizonte, e foi organizada pela ONG Focinhos Carentes. Reuniu cães grandes e pequenos, valentões e dóceis, peludos e pelados de várias raças – de Vira-lata ao caríssimo Golden.
Segundo os organizadores, a 1ª Cãominhada foi um sucesso de arrecadação de rações para o abrigo da ONG Focinhos Carentes. Muitos animais terão alimento para as próximas semanas e de ótima qualidade. Ao fazer a inscrição, os convidados doaram ração para os animais da ONG. Mesmo após a caminhada, outras pessoas podem contribuir, doando rações para cães ou gatos, sacos de lixo preto de 50 litros, detergente, sabão em pó, algodão, luvas não cirúrgicas etc.
Entre Marley & Dara
Entre os cãominhadores do evento, Marley chamava a atenção pelo tamanho e belo pelo longo, da cor de ouro. De fato, a cor do pelo deu origem ao nome da raça (Golden). O dono, Márcio Marinho, disse que ele pesa 39 quilos, tem um ano e oito meses de idade e é bastante dócil.
Indagado sobre o preço daquele cachorro que ostentava na Cãominhada, Marinho revelou que o comprou ainda filhote, em Belém, pela “pechincha” de R$ 3.000,00. Ele se parece muito com o Labrador e, segundo um site especializado na raça, ocupa o quarto lugar no ranking dos cães inteligentes. Todavia, a expectativa de vida não é tão alta. Varia entre 10 a 13 anos.
Um dos poucos vira-latas presentes à caminhada, Dara era acompanhada por Jacqueline Chagas e Victor Valença, seus donos. Eles disseram que não gastaram nada para conquistá-la, ainda filhote (fez um ano em agosto). “Ela foi de graça. Nós a adotamos. Ela e mais 8 “irmãos” foram abandonados na porta de uma menina na Folha 27. A garota divulgou num desses grupos do Facebook, eu vi, mostrei ao Victor e fomos lá buscar nossa monstrinha”, brinca Jacque.
Dara tem uma história de superação. Depois de três meses, o casal, que não tem filhos, percebeu que a cadela estava infectada com leishmaniose visceral e o custo dela aumentou consideravelmente. Reconhecem que o tratamento foi caro, continua tomando uma medicação que terá de ser até o fim da vida. “Nos últimos dois meses ela teve uma recaída por conta da doença do carrapato. Apesar de sempre cuidar direitinho dela, dar os remédios contra pulga, carrapato e demais vitaminas, ela fica a maior parte do tempo no quintal, então acabou pegando a doença. Nas duas últimas visitas ao veterinário, gastamos R$ 800,00 entre consulta e os medicamentos”, conta.
O custo com ração não é alto, chegando a R$80 por mês, mas o casal sempre oferece a Dara outros mimos, como sachês e petiscos. “Ela substitui um filho nos quesitos carinho, diversão e investimento. Tem horas que eu e Victor brincamos: ‘Pra que filhos? Já temos a Darinha”, sorri a jornalista carioca que no final deste ano vai embora para Florianópolis.
Mas o evento serviu também para alertar os donos de cães sobre o perigo da leishmaniose visceral, doença que se espalhou por milhares de cães em Marabá e foi responsável pela morte de mais de mil deles só no ano passado, além de passar para humanos, que também faleceram.
A médica veterinária Karine Pimenta, da Casa da Ração, disse que ficou surpresa com a grande quantidade de participantes da Cãominhada e os 200 kits preparados para os participantes acabaram antes do que estava previsto.
Ela disse que um grupo de veterinários estava no evento para tirar dúvidas dos donos de cães sobre leishmaniose visceral e outras doenças, além de orientar sobre questões específicas de seus animais. “Marabá é região endêmica para leishmaniose visceral e os donos precisam estar conscientes sobre o que precisam fazer para proteger seus amigos de quatro patas. “Orientamos sobre o uso da coleira, realizar sorologia, vacina e, caso o resultado dê positivo, não é o fim do mundo, porque há tratamento, já liberado pelo governo”.
Todavia, a veterinária reconhece que o governo municipal não tem condições de comprar medicação para toda a população canina do município, estimada em 40 mil cães. O tratamento varia entre R$ 1.000,00 a R$ 2.000,00 (dependendo do tamanho do animal) e, por enquanto, está disponível apenas em clínicas veterinárias.
O evento foi marcado também por instruções sobre como conduzir um cão em local público e regras de bom relacionamento com o animal. As dicas foram repassadas pelos adestradores Cabo do EB Paulo Rossy do 1º GAC/Selva; Cabo PM Deidi Freitas, do CPR II; e soldado do EB Lucivaldo Cardoso de Sousa, do 23º Blog. (Ulisses Pompeu)