Correio de Carajás

Atraso na entrega e propaganda enganosa lideram reclamações na Black Friday

Volume de reclamações ligadas à data já é 20% maior que o de 2020

As reclamações de consumidores devido a atrasos em entregas de produtos lideram o ranking nesta Black Friday, representando 20,94%. Segundo levantamento do site Reclame Aqui, ela é seguida pelas reclamações de propaganda enganosa, com 16,48%.

Completam o ranking as reclamações sobre estorno de pagamento (8,93%), de problemas para finalizar a compra (5,7%) e de entrega de produto errado (5,6%).

O levantamento feito pelo site considera o total de reclamações feitas entre as 12h de quarta-feira (24) e as 12h desta sexta-feira (26), em que a Black Friday ocorre oficialmente. O volume de reclamações ligadas à data já é 20% maior que o de 2020, totalizando 6966.

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Até o período da pesquisa, os produtos que mais foram alvo de reclamações foram os smartphones (8,68% do total), seguido dos serviços de entrega (5,2%), tênis (4,36%), cartão de crédito (3,64%) e livros (2,6%).

Os livros, assim como pontos e milhas, aparecem pela primeira vez no ranking do Reclame Aqui para a data. Segundo o site, a alta de reclamações ligadas às milhas indica um aquecimento do setor de viagens com a vacinação.

Também entraram no ranking produtos de consumo, entre eles shampoo, perfume e itens de hipermercados. O ranking dos 10 produtos com mais reclamações tem itens com volume e peso menores que 2020.

“Estamos vivendo a Black Friday da mercearia, o que deixa claro o momento inflacionário e difícil para as empresas e ainda mais para o consumidor. Itens de mercearia e higiene, por exemplo, são os únicos que restaram aos consumidores para buscar descontos reais”, afirma Edu Neves, presidente do Reclame Aqui.

Os produtos mais leves costumam ter uma entrega mais fácil, o que facilita o estabelecimento de prazos curtos pelas lojas. Para o Reclame Aqui, o alto volume de compras acaba gerando os atraso nas entregas. Até o momento, as grandes varejistas concentram o maior número de reclamações.

Além das reclamações, as consultas de reputação de empresas no site cresceram 15% em relação ao ano passado.

(Fonte:CNN)