Correio de Carajás

Atacadista que pegou fogo em Marabá não tinha sistema preventivo de incêndio, diz bombeiro

Operação contou com a participação de mais de dez bombeiros militares, cinco bombeiros civis da prefeitura, seis policiais militares e quatro caminhões-tanque provenientes do CBMPA, Exército, Prefeitura e Sinobras

Apesar dos esforços, cerca de três quartos do depósito foram destruídos pelo fogo (Foto: Elanne)

Um incêndio de grandes proporções devastou a Rathes Atacadista na tarde deste domingo, 21. A empresa, localizada no final da Rua Almirante Tamandaré, no bairro Bom Planalto, núcleo Cidade Nova, em Marabá, comercializa materiais de construção, incluindo cabos elétricos altamente inflamáveis, e sofreu danos significativos.

O fogo começou por volta de 17h e rapidamente se alastrou pelo galpão da empresa. Nathane Moreira, colaboradora na administração da Rathes Atacadista, informou na manhã desta segunda-feira, 22, à reportagem do Correio de Carajás, que continua mensurando o estrago e tomando as providências cabíveis. Ela não forneceu mais detalhes sobre as perdas ou planos futuros da empresa.

O Corpo de Bombeiros foi acionado imediatamente para combater as chamas. O capitão Antunes, responsável pela ocorrência, relatou à reportagem que a operação contou com a participação de mais de dez bombeiros militares, cinco bombeiros civis da prefeitura, seis policiais militares e quatro caminhões-tanque provenientes do Corpo de Bombeiros Militar do Pará (CBMPA), do Exército, da Prefeitura e da Sinobras.

Leia mais:

Segundo o capitão, a falta de um sistema preventivo de incêndio no depósito contribuiu para a rápida propagação das chamas.

A causa do incêndio ainda é desconhecida, mas alguns moradores locais especulam que o fogo possa ter se originado em uma vegetação baixa próxima ao galpão. Capitão Antunes destacou que, devido à estrutura do prédio, não é possível confirmar essa hipótese no momento.

Ao chegarem ao local, as equipes de combate ao fogo se depararam com um cenário crítico. “A intensidade das chamas e as altas temperaturas aumentaram o risco de colapso do depósito. Para garantir a segurança dos bombeiros, foram feitas quatro aberturas laterais nas paredes do galpão, permitindo um combate mais eficaz ao incêndio”, relata. Após várias horas de trabalho intenso, as equipes conseguiram controlar as chamas, preservando uma área que armazenava recipientes de tinner, tubulações de PVC, forros de PVC e lonas.

Apesar dos esforços, cerca de três quartos do depósito foram destruídos pelo fogo. “A situação foi agravada pela falta do Certificado de Licenciamento do CBMPA, que a empresa não possui. A última tentativa de regularização ocorreu em 2023, mas o processo não foi concluído, evidenciando uma falha no cumprimento das normas de segurança”, explica Antunes.

A mobilização contou ainda com o apoio de bombeiros militares de folga, que se juntaram à operação. Esse esforço conjunto foi crucial para evitar que o incêndio se alastrasse para as casas vizinhas, preservando a segurança da comunidade local. Nenhum outro imóvel foi atingido.

(Thays Araujo, com informações do Corpo de Bombeiros)