Quinze anos, nove meses e 15 dias de prisão. Esse é o resultado do veredito do Conselho de Sentença imputado ao réu Diérico Cardoso de Sousa, 27 anos. Ele foi levado a julgamento nesta segunda-feira (9) acusado pela morte da professora Lucinéia Alves dos Santos, na época com 46 anos de idade. O crime causou comoção na sociedade jacundaense.
O julgamento foi presidido pelo juiz de Direito, Jun Kubota, titular da Comarca de Jacundá. Atuaram na acusação o promotor de Justiça, Erick Ricardo Fernandes com o assistente Claudionor Silveira. Quem atuou na defesa do réu foi o defensor público Reginaldo Taveira Ribeiro.
O Conselho de Sentença, formado por 4 mulheres e três homens levou cerca de 5 horas para julgar o caso de homicídio qualificado, que teve início às 10h e terminou por volta de 15h. E foi assistido por familiares, amigos e estudantes de Direito.
Leia mais:Diérico confessou o assassinato da vítima, que segundo ele foi motivado por uma discussão entre os dois. “Ela me encontrava na rua e dizia que iria contar pra minha mulher que eu tinha um caso com outra mulher. Fui saber o motivo. Tivemos uma discussão. Quando saía da loja peguei uma faca em cima de uma bancada e golpeie ela”. O réu negou briga corporal. Negou também ter subtraído objetos da loja.
O crime
A professora e empresa do ramo de confecções Lucinéia dos Santos foi encontrada morta no estabelecimento comercial de sua propriedade, localizado na Avenida Cristo Rei, centro da cidade, no dia 16 de outubro de 2018.
A complexidade para identificar a autoria do crime levou a Polícia Civil de Jacundá a batizar de “Desafio” a operação para localizar e prender o acusado. A investigação foi conduzida pela autoridade policial de Jacundá com apoio do Núcleo de Inteligência da Polícia Civil (NIP). Durante a investigação sigilosa, duas pessoas registraram boletim de ocorrência na Depol de Jacundá contra um homem que se identificava como “Luciano”, que se dizia familiar de Néia e realizava cobranças supostamente de compras efetuadas na loja da comerciante.
Com o número do aparelho que originou as ligações, o NIP cruzou com o IMEI do aparelho da vítima, que havia sido roubado no dia do crime. Diérico foi preso no dia 20 de dezembro. (Antônio Barroso/freelancer)