A árvore de Natal localizada no trevo da Marabá Pioneira foi ligada com longo atraso, mas um detalhe intriga: será ela uma ação de marketing da Netflix para divulgar o Mundo Invertido de Stranger Things, ou estamos diante de uma pane na instalação que custou mais de R$ 1 milhão aos cofres públicos? Como bem questionou um marabaense em uma página do Instagram: “Tá com defeito ou esse é o efeito?”.
Embora a matéria no site da Prefeitura de Marabá destaque que a árvore é a maior do Pará e brilha pela “imponência e tecnologia”, a realidade vista na cerimônia de acendimento e no dia a dia é outra. Imagens registradas pela própria gestão mostram uma estrutura inconsistente: as cinco “saias” brilham fora de compasso e é perceptível que várias mangueiras dos 20 mil metros de LED não conseguem se sustentar acesas, piscando como se houvesse uma pane elétrica.
O problema se torna mais grave quando olhamos para a conta. Dados do Portal da Transparência mostram que a decoração custou o total de R$ 1.046.289,00. Deste valor, a maior fatia, R$ 657.300,00, ou 63% do total, foi destinada à empresa DGA Comércio de Materiais Elétricos Ltda, de Minas Gerais, justamente a responsável pela iluminação que apresenta defeitos. Outras duas empresas, a marabaense Eletroforte e GRJ Suprimentos, de Canaã dos Carajás, somam o restante do valor.
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A insatisfação aumenta ao se fazer o comparativo com o passado recente. A iluminação de 2024, citada por muitos como melhor e mais bonita que a atual, custou aos cofres públicos R$ 994.396,05. Ou seja, a árvore deste ano custou cerca de 5% mais caro para entregar um resultado visualmente inferior e com falhas técnicas.
Nas redes sociais, a população marabaense não perdoou e soltou o verbo na página “Memes Marabá”. Tyelle Rodrigues classificou a decoração como “extremamente brega e fora de moda”, observando que cidades menores fazem trabalhos mais elaborados. Já Wellen Gomes reforçou a saudade da gestão anterior: “tinha até enfeites de renas nos canteiros. Esse ano passaram só umas mangueiras coloridas nas árvores”.

As críticas continuaram com comparações duras. Thays Pires opinou que a estrutura parece feita por sua sobrinha de 4 anos: “Tem nem vergonha na cara de acender uma árvore dessa”. Houve ainda quem comparasse o efeito “pisca-pisca” involuntário com as luzes defeituosas dos postes da cidade ou quem dissesse na lata: “É meu prefeito, prestou não”.
Edilene Campos resumiu o sentimento geral: “Poderia ter melhorado mais, só um monte de LED piscando, não colocou um detalhe nela, só a estrela lá em cima. Esperava mais”.




